O governo de São Paulo deve regredir regiões do estado para fases mais restritivas do plano de flexibilização econômica. Com piora nos indicadores de Covid-19, a reclassificação do plano, prevista para ocorrer somente em 5 de fevereiro, foi antecipada e será feita no início da tarde desta sexta (15/01).
Pela regra, as antecipações só ocorrem se há necessidade de impor medidas mais restritivas por conta do agravamento nos índices de saúde.
A expectativa é a de que as região de Marília, da qual Palmital faz parte e que já havia sofrido com restrições à atividade comercial desde segunda-feira (11/01), passe a ficar na Fase Vermelha, que é a mais restritiva e permite serviços essenciais podem operar.
A medida, que obrigará um lockdown com o fechamento do comércio, se deve à saturação do sistema de saúde pública, principalmente pela lotação dos leitos de UTIs. Há também o considerável crescimento no número de mortes e casos da doença em toda a região.
Bauru e Taubaté, que estão na amarela, devem ficar na laranja, na qual bares não podem funcionar. Presidente Prudente, Sorocaba e Registro devem seguir na fase laranja e o restante do estado permanecerá na amarela.
MAIS DE 49 MIL MORTES
Na quinta (14/01), o estado ultrapassou a marca de 49 mil mortes por coronavírus desde o início da pandemia, em meio a uma nova alta de casos, óbitos e internações pela doença após as festas de fim de ano.
A média diária de mortes por Covid-19 está acima de 200 há seis dias seguidos, valor que não era observado desde o dia 16 de setembro do ano passado.
A média móvel de mortes diárias, que considera os registros dos últimos sete dias, é de 217 na quinta-feira (14/01). O valor é 55% maior do que o registrado há 14 dias, o que para especialistas indica tendência de alta da epidemia. Como o cálculo da média móvel leva em conta um período maior que o registro diário, é possível medir de forma mais fidedigna a tendência da pandemia.
O total de pacientes internados tem se mantido acima de 10 mil desde o início de dezembro de 2020, o que pressiona o sistema de saúde e interfere no atendimento de outras doenças. Na capital paulista, diversos hospitais da rede pública e privada estão com taxa de ocupação acima dos 90%.
Fonte: G1