Santander e sindicato dos bancários emitem notas sobre fechamento da agência em Palmital

O Santander, que assumiu o antigo Banespa no início dos anos 2000, anunciou na quarta-feira o encerramento de atividades em Palmital depois de 81 anos de atendimento à população. O comunicado do fechamento da agência foi afixado na porta de entrada, na última quarta-feira, informando que o atendimento será interrompido em 14 de março.

A reportagem Jornal da Comarca enviou pedido de informações sobre o fechamento da agência ao setor de comunicação social do Santander, que enviou resposta no final da tarde de quinta-feira (conteúdo reproduzido abaixo). Também foi feita solicitação de posicionamento ao Sindicato dos Bancários de Assis e Região, que enviou “Nota de repúdio” que pode ser conferido em texto anexo.

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NOTA DO SANTANDER

O Santander informa que as atividades da agência número 0031, localizada na Praça Cel. José Machado, 11, Centro, em Palmital, serão encerradas em 14/03/2025.

A partir dessa data, os clientes poderão ser atendidos em qualquer agência Santander, incluindo a agência número 0316, na Rua Cel. Valêncio Carneiro, 333, na cidade de Cândido Mota/SP.

Além disso, têm à disposição os canais digitais do Santander, como app e internet banking, além dos caixas eletrônicos da Rede 24h.”

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NOTA DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS

Nota de Repúdio

O Sindicato dos Bancários de Assis e Região vem através desta se manifestar sobre o fechamento das agências bancárias do Santander no interior de São Paulo. Na nossa região já foram fechadas agências  nas cidades de Borá, Cruzália, Echaporã, Lutécia, Maracaí, Oscar Bressane, Pedrinhas Paulista, Platina, Quatá e agora será a agência de Palmital. Esta política adotada pelo banco demonstra a total falta de respeito e consideração desta instituição para com os clientes, comunidades locais e funcionários.

O Santander segue o caminho de abandonar as cidades do interior, deixando para trás uma legião de clientes idosos e pequenos empresários que dependem dessas agências para realizar suas transações bancárias.

Além disso, os funcionários remanejados para outras agências não receberam ajuda de custo para se adaptar às novas condições de trabalho, o que é uma falta de respeito para os bancários e bancárias do banco, que cada dia mais se sentem pressionados e adoecidos pela quantidade de trabalho e instabilidade causada por essas mudanças em seus trabalhos.

E agora, a pergunta que não quer calar: quanto tempo o Santander ainda permanecerá no Brasil? Será que o banco ainda tem um futuro no estado de São Paulo? Qual será a próxima agência a ser fechada? Agência de Candido Mota a de Assis? A verdade é que, com essa estratégia, o Santander se distancia cada vez mais das cidades e da população do interior pouco se importando na prestação de serviços para estas cidades abandonadas pelo banco.

A marca Santander, que comprou o Banespa que era sinônimo de confiança e estabilidade, agora está sendo diluída por uma série de decisões desastrosas. O banco está perdendo sua credibilidade e sua reputação está sendo arranhada a cada cidade que deixa para trás.

O afastamento do contato físico com o cliente é um caminho fadado ao fracasso. O Santander precisa entender que a relação com o cliente é fundamental para o sucesso de qualquer instituição financeira. Ao fechar agências e reduzir o contato pessoal, o banco está cortando a própria raiz de sua existência. É hora de o Santander mudar de estratégia e priorizar a relação com o cliente e com seus funcionários, ou correrá o risco de ser ele abandonado por seus clientes e todos que um dia já tiveram qualquer tipo de relação com este Banco.

Que saudade do Banespa!

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Cláudio Pissolito

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