O servente de pedreiro Jonas do Amaral Neto foi absolvido do homicídio do agenciador de jogadores de futebol Odair Donizete de Oliveira, o Dairzinho, ocorrido há três anos no Jardim Paulista, em Palmital. A decisão, que acolheu a tese da defesa de que o réu agiu sob violenta emoção, ocorreu durante júri realizado no Fórum da Comarca na quinta-feira da semana passada (17/11).
Jonas, que chegou a ficar preso depois de assumir o crime e foi liberado durante a instrução do processo, foi defendido pelos advogados Rafael da Costa, Lucas Dionísio de Souza e Gabriela Vilas Boas. O julgamento foi presidido pela juíza Bruna Mendes Ferreira e começou com o sorteio dos sete jurados e a leitura do processo. Posteriormente, foram ouvidas testemunhas de defesa e acusação.
Jonas também foi interrogado antes do debate entre a defesa, que ressaltou a ação do réu sob violenta emoção quando usou um revólver para atirar contra a vítima que molestou seu filho, e o Ministério Público, representado pelo promotor Rogério Pinheiro Pagani. Ao final, a maioria dos jurados votou pela absolvição do servente de pedreiro dos crimes de homicídio e posse ilegal de arma.
CRIME
Dairzinho, que tinha 43 anos, foi morto na noite de 1º de novembro de 2019, quando estava em um churrasco na casa de uma tia na rua Laudelino Batista da Rocha, no Jardim Paulista. Ele foi chamado à rua e recebeu um tiro na altura do pescoço, morrendo no local. Jonas, que fugiu do local do crime, foi preso pela Polícia Civil em 4 de novembro.
Depois da prisão, Jonas confessou a autoria do crime e apresentou o revólver calibre 22 usado no homicídio. O servente alegou que agiu por vingança, pois Dairzinho tinha assediado seu filho que, na época, estava com 10 anos. O réu foi mantido encarcerado durante três meses, sendo beneficiado por habeas corpus do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
