União e força

“…o que se espera agora é que, depois da Prefeitura assumir a administração, não haja dispersão dos grupos formados…”

 

Nos últimos dois anos vários voluntários formaram grupos de apoio à Santa Casa de Misericórdia de Palmital, seja com o objetivo de assumir o comando da entidade, cujo presidente Edson Rogatti já havia manifestação intenção de deixar o cargo devido aos compromissos que assumiu, ou mesmo para colaborar com qualquer diretoria disposta a assumir a incumbência. Diante da dívida elevada e do déficit crescente nas contas do hospital, além das dificuldades financeiras da Prefeitura em aumentar de forma significativa o subsídio mensal, já que esperava também a melhoria da gestão, ninguém se prontificou a suceder Rogatti.

Depois de muita negociação e da reunião de um grupo de empresários e agricultores da cidade, como o presidente da Coopermota, o palmitalense Branco Fadel, abriu-se a perspectiva de que finalmente poderia haver mais participação da comunidade, representada por suas principais lideranças, para ajudar no trabalho de recuperação financeira e administrativa da entidade. Diante deste quadro mais animador, o prefeito José Roberto Ronqui decidiu pela intervenção como meio eficiente e rápido de iniciar o processo de saneamento financeiro. Para isso, foram nomeados os interventores José Manoel Bernardo e Nívea Damini.

Entretanto, o que se espera agora é que, depois da Prefeitura assumir a administração, não haja dispersão dos grupos formados, mas que, pelo contrário, seja motivo para incentivar ainda mais a participação popular. Afinal, a intervenção é uma medida provisória, para solucionar uma dificuldade pontual, para de forma mais rápida possível devolver a Santa Casa à sua diretoria formada por membros da sociedade, que de fato devem gerir um hospital com origem num grupo então denominado Irmandade.

Considerando que o próprio termo Irmandade remete à união, à fraternidade, ao trabalho conjunto e ao respeito entre os membros, é muito salutar que sejam feitos esforços no sentido de aumentar o número de sócios-irmãos, todos contribuintes, para oferecer o exemplo de colaboração individual espontânea. A partir de então, será muito mais confortável recorrer à sociedade para que sejam feitas doações em contas de água e luz com a certeza de que todos estão colaborando. Em outra frente, empresas, profissionais liberais e agricultores poderão adotar quartos, apartamentos ou até alas inteiras do hospital e assumir os custos de reforma e manutenção, com direito a placa indicativa que vai comprovar que a união faz a força.

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Cláudio Pissolito

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