100 anos de catolicismo

Colonizado pelo Portugal católico do século XVI, o Brasil se tornou o país com a maior população católica do mundo, mantendo a religião como instituição de enorme autoridade e representatividade, como mostram os muitos exemplos disponíveis na história.

Em Palmital não foi diferente, pois desde a chegada dos primeiros colonizadores, quase todos católicos, foram erguidas as primeiras capelas rurais e logo depois escolhido São Sebastião como padroeiro, já que a data de chegada do primeiro desbravador teria sido 20 de janeiro, o dia do santo.

Não obstante à importância do catolicismo na formação das cidades brasileiras, cuja grande maioria ostenta uma igreja em sua área central, de marco inicial das zonas urbanas, a igreja católica de Palmital teve início bastante tumultuado devido à participação em crimes de dois padres, um de Campos Novos e outro de Conceição do Monte Alegre, que aqui serviam.

Ambos foram presos por envolvimento no mais triste episódio político da história do Município que, em dezembro de 1922, levou à morte o Coronel José Machado e seis familiares e amigos, a mando do Coronel Candinho de Melo, idealizador e colaborador da construção da igreja Matriz de São Sebastião.

“…pequena capela de madeira, em homenagem a São Sebastião, recém construída no centro da jovem Palmital, foi abandonada pelos fiéis…”

A pequena capela de madeira, em homenagem a São Sebastião, recém construída no centro da jovem Palmital, foi abandonada pelos fiéis e mantida fechada pelo Bispado de Botucatu, até a chegada do padre espanhol José Martins, responsável pela retomada das atividades.

Em árduo trabalho de recuperação de fieis e de muitos investimentos na Casa Paroquial e no novo templo, que passou a ser construído em alvenaria, foram retomadas as missas e restabelecida a frequência dos fieis na igreja até então desacreditada.

São muitos os fatos e histórias havidos nos 100 anos de existência da Paróquia de São Sebastião, de Palmital, criada apenas em 1925, três anos após o lamentável episódio que maculou as atividades religiosas no Município recém criado, cuja população sempre devotou muito valor à religião.

Passados os 100 anos de existência, e sem a enorme hegemonia que manteve muito tempo, já que outras religiões, principalmente as evangélicas, são professadas por mais de 30% da população, a igreja católica de Palmital, agora representada pela jovem paroquia de Santo Antônio e pela centenária Paróquia de São Sebastiao, merece muito respeito e todas as homenagens. 

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Cláudio Pissolito

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