Apresentações artísticas realizadas por órgãos municipais lembraram as contribuições da cultura afro; Feira de Amizade acompanhou programação na praça da Bandeira
A Prefeitura de Palmital realizou na noite de terça-feira um evento na praça da Bandeira, ao lado da Matriz de São Sebastião, para comemorar o Dia da Consciência Negra (20 de novembro). A programação no centro da cidade teve o envolvimento do Fundo Social de Solidariedade e das secretarias de Educação e Assistência Social, com atrações que mostraram um pouco das tradições e da influência dos povos africanos na formação da identidade brasileira.
O evento contou com a presença de um grande público. O prefeito José Roberto Ronqui esteve presente acompanhado da primeira-dama e presidente do Fundo Social Fátima Ronqui. Também estiveram presentes integrantes da equipe de governo municipal, incluindo as secretárias de Educação Cleonice Rocha Mendes e de Assistência Social Vanessa Nogueira Côco.
A programação, acompanhada da Feira da Amizade, foi aberta com apresentação com o grupo Abaetê, do mestre Danone, que comandou roda de capoeira e a encenação do Maculelê, que mescla elementos das culturas afro e indígena. Em seguida, grupos de dança com integrantes de projetos socioeducativos mantidos pela administração municipal fizeram apresentação de coreografias inspiradas na cultura africana.
A professora Márcia Candeo contou a história das bonecas Abayomi, que eram feitas por mulheres nos navios negreiros com retalhos das roupas para acalentar as crianças durante as viagens pelo Atlântico. Elas também representam a felicidade e simbolizam amuletos de proteção e resistência contra a escravidão. O evento foi encerrado com show da cantora Débora Germain.
DATA – O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro. Foi criado em 2003 e incluído no calendário escolar — até ser oficialmente instituído em âmbito nacional mediante a lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, sendo comemorado em mais de mil cidades em todo o país. Em Palmital, o feriado vigora desde 2007, por meio de lei proposta do vereador Eduardo Apolinário de Vasconcellos, que foi aprovada pela Câmara Municipal.
A efeméride leva à reflexão sobre as contribuições dos africanos para a cultura brasileira, além de questões sobre racismo, discriminação, igualdade social, inclusão e identidade afro-brasileira. A data coincide com a morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, um dos maiores líderes negros do Brasil.