Na granja de Kenji Kakimoto, em Bastos (SP), sempre tem muitos ovos. Em média, são mais de 600 mil por dia.
Mas se tem uma época particularmente especial nesse negócio é o começo do ano. O desempenho nos 4 primeiros meses é um indicativo de como o mercado vai se comportar daqui para frente. E ainda tem o aumento do consumo na quaresma, que impacta diretamente nos negócios.
Sérgio diz que a expectativa é muito boa, ainda mais nesse momento em que as exportações de carnes para a China registram alta.
Ao todo, 950 mil galinhas são criadas na granja. Apesar da projeção otimista, o volume de produção não muda. Mas como as vendas aumentam, o reflexo é sentido nos preços.
Segundo Sérgio, os preços sobem em média 30% diante do aumento da demanda. E não são apenas as granjas que sentem e aproveitam o aquecimento do mercado. Todo o setor se beneficia.
Para algumas indústrias, esse período também serve como oportunidade para avaliação e inserção de novos produtos no mercado. É o que faz uma indústria do município de Iacri, que há cerca de 3 anos investe na produção de ovos industrializados.
A produção pode chegar a 5 milhões de ovos quebrados por dia. Eles passam por um processo térmico de pasteurização e são submetidos a uma espécie de raio x, que faz o controle de qualidade do produto. Nas caixas, os ovos podem durar mais de 70 dias.
Parte da produção é voltada para o exterior. Quase tudo vai para o atacado, como indústrias de alimentos. Mas o objetivo agora é ampliar a clientela e fazer com que o consumidor final também se interesse.
Fonte: G1