Familiares do tatuador Alan Sozzi, que morreu aos 39 anos devido a complicações do covid-19, em Praia Grande, litoral paulista, afirmam que foi criada uma falsa campanha de arrecadação online, em nome da vítima, para custear o funeral do rapaz. Porém, eles já pagaram tudo referente ao velório e sepultamento dele e fazem um alerta para que as pessoas não caíam no golpe.
Em entrevista ao G1 no domingo (30/08), a técnica de enfermagem Viviane Sozzi, de 33 anos, esposa da vítima, afirmou que um amigo de Alan viu a campanha sendo compartilhada nas redes sociais e avisou a família que, imediatamente, fez postagens de alerta sobre a arrecadação ser falsa.
“Estamos desesperados, porque estão pedindo dinheiro em dólar no nome da mãe dele. Então estamos tentando divulgar de todas as formas para que as pessoas não doem dinheiro. É muito revoltante, depois de tudo que passamos, ainda acontecer isso”, diz a profissional.

Viviane afirma que o sentimento ainda é de luto para toda a família, o que torna ainda mais difícil eles terem que lidar com a situação. Ela trabalha na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) geral do mesmo hospital em que o companheiro foi internado por Covid-19, e até hoje lamenta que, apesar de ter salvo tantas vidas com a profissão, não tenha conseguido ajudá-lo.
Apesar da campanha online ainda não ter arrecadado dinheiro, a família se preocupa que colegas e até desconhecidos caíam no golpe. A família registrou boletim de ocorrência por estelionato na noite de sábado (29/08) na Delegacia Sede de Praia Grande.

Sozzi não resistiu e veio a óbito na madrugada do dia 23 de agosto, após ter complicações devido ao novo coronavírus. Ele era um tatuador conhecido na cidade em que morava, devido aos desenhos realistas que fazia. O homem deixou uma filha de oito anos. Nas redes sociais, amigos e familiares fizeram diversas homenagens a ele após o ocorrido.
O G1 não conseguiu contato com o site da arrecadação virtual até a última atualização desta reportagem.
Fonte: G1