A Justiça da Comarca realiza nesta quinta-feira (13/04) o julgamento do corretor de imóveis Izael Aparecido dos Santos Nascimento, de 43 anos, que matou a tiros o marceneiro Anísio Francisco dos Santos, o Alemão. O crime ocorreu na porta de um hotel na avenida Reginalda Leão, no centro da cidade, em 10 de fevereiro do ano passado. A Sessão do Júri está prevista para ocorrer a partir das 9 horas no Fórum de Palmital.
De acordo com decisão do juiz Jonas Ferreira Ângelo de Deus, da 2ª Vara Criminal da Comarca, Izael responde pela acusação de homicídio qualificado por motivo torpe (motivo financeiro) e impossibilidade de defesa da vítima. A sessão, iniciada com o sorteio dos jurados para o Conselho de Sentença, terá leitura de peças do processo, depoimentos do acusado e de testemunhas, além de debates entre a defesa, comandada pelo advogado Paulo Celso Gonçales Galhardo, e o Ministério Público, representado pelo promotor Marcelo Freire Garcia.
CRIME – O homicídio ocorreu pouco depois das 11 horas da manhã de 10 de fevereiro de 2022. Vídeos anexados ao processo mostraram a dinâmica do crime na recepção e na parte de entrada do hotel no centro de Palmital. Inicialmente, Izael deixou sua moto estacionada na rua em frente ao estabelecimento e foi até a recepção, onde ficou em pé ao lado do balcão conversando com o proprietário.
Ao perceber a passagem da Montana vermelha de Alemão, que tinha 48 anos, o corretor foi até a porta e confirmou que o marceneiro havia estacionado nas proximidades. Então, Izael retornou para dentro da recepção e mexeu na cintura para ajeitar a pistola calibre 380. Em seguida, o corretor esperou a aproximação de Alemão e, foi até a porta, sacou a arma para atirar contra o marceneiro que, aparentemente, ia em sua direção.
Depois de ser baleado cinco vezes, Alemão caiu já sem vida na porta do hotel. Izael pulou por cima do corpo do marceneiro e, após vestir o capacete que estava no guidão da moto, saiu pela contramão na Avenida Reginalda Leão, tomando rumo do bairro Paraná. O marceneiro, que tinha 48 anos e deixou mulher e dois filhos, foi sepultado em Florínea no dia 11 de fevereiro.
Izael permaneceu foragido até à tarde de 11 de fevereiro, quando se entregou na Delegacia de Palmital e foi preso. Ele apresentou a arma usada no homicídio e alegou legítima defesa, afirmando que havia se desentendido por questões financeiras e foi ameaçado pela vítima nos dias que antecederam ao crime. A versão foi mantida no processo judicial, no qual defensores da vítima alegaram que o corretor era quem fazia ameaças.
Em 27 de julho do ano passado, houve a realização de uma reconstituição do crime, atendendo solicitação da defesa de Izael à Justiça da Comarca. O procedimento na entrada do hotel, com a presença do réu e de algumas testemunhas, foi marcado por forte esquema de segurança e tinha o objetivo de fazer o esclarecimento esclarecer algumas divergências levantadas pelos defensores durante o processo.
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