Segundo o climatologista Vagner Camarini, não chovia tanto em agosto no Oeste Paulista desde 2009. Volume foi registrado entre domingo (16) e esta terça-feira (18).
Desde 2009, a região de Presidente Prudente não registrava um volume tão grande de chuva no mês de agosto. De acordo com o climatologista Vagner Camarini, até as 9h desta terça-feira (18), já choveu 140 milímetros, enquanto a média do oitavo mês do ano é de apenas 44 milímetros.
Foram 49 dias de estiagem, com apenas pancadas de chuva em pontos bem isolados. Contudo, o tempo mudou no último fim de semana e transformou o período em algo atípico.
“A massa de ar seco que estava sobre a região foi rompida por uma forte frente fria, que acabou estacionada por aqui”, explicou o climatologista.
Camarini também afirmou que não houve influência de nenhum fenômeno, mas que de tempos em tempos acontece de ter um grande volume de chuvas no Oeste Paulista.
“É algo atípico para esse mês. É comum haver até 60 dias sem chuvas entre julho e agosto”, disse.
Ele ainda ressaltou que essa chuva foi boa para aguentar o próximo período de seca.
“O que choveu desde domingo [16] poderia ter chovido em apenas algumas horas, o que seria ruim. Não foi uma chuva muito forte, não teve tempestade e ventos que causaram grandes estragos. Foi bem distribuída. Foi muito boa porque deu para o solo recuperar a capacidade de campo. É muito bom para a agricultura e a pastagem, por exemplo”, pontuou.
Nesta terça-feira (18), ainda deve chover um pouco e o tempo passa a firmar a partir desta quarta-feira (19). Não há uma previsão de mais um período chuvoso para o inverno.
Moradora do distrito de Costa Machado, em Mirante do Paranapanema, registrou cerca de 110 milímetros de chuva em seu sítio
Chuva em Presidente Prudente
Chuva em Tarabai
Chuva em Indiana
Chuva começa a dar trégua na região de Presidente Prudente a partir desta terça-feira (18)
Como ficam as temperaturas
O inverno segue até o dia 21 de setembro. Depois de semanas com temperaturas que lembravam o verão, os termômetros devem registrar uma queda.
“Foi uma sequência de dias quentes. Quanto menor a umidade relativa do ar, maior a amplitude térmica, com temperaturas mais baixas no início do dia e no período da noite e temperaturas altas ao longo do dia”, frisou o climatologista.
Neste inverno, a menor mínima foi de 5,2º C e a máxima de 33º C. “Até o final da estação, essa deve ser a queda de maior impacto, com mínimas de 8º C”, finalizou Camarini.
Sol voltou a aparecer nesta terça-feira (18) no Oeste Paulista
FONTE: G1