“…milhares de propriedades rurais altamente produtivas que seriam beneficiadas…”
Em inúmeras ocasiões esse assunto foi tema neste espaço de opinião, mas lamentavelmente nada é feito para reverter essa situação incômoda a que Palmital permanece submetida há décadas. Prestes a completar 100 anos de emancipação político-administrativa, o município não dispõe de ligações asfaltadas com seus principais bairros rurais produtores de riquezas como milho, soja e banana, e muito menos com as cidades da região, principalmente aquelas que formam a Comarca Judicial da qual somos sede. Ao contrário, a ligação com Ibirarema e Campos Novos ganhou o empecilho de um pedágio que onera o intercâmbio econômico e social.
No início do século passado, o slogan do presidente Washington Luís foi “Governar é abrir estradas”, indicando desde então a importância do transporte como meio de integração e desenvolvimento econômico e social. Não por acaso, as mais desenvolvidas regiões do país e do mundo são as que dispõem dos melhores meios de transporte com modais ferroviários, portuários, aéreos e rodoviários com pontes e túneis, e mais recentemente as linhas de Metrô e os trens de grande velocidade. Para que Palmital se desenvolva e ganhe facilidade de acesso, bastam vicinais asfaltadas e melhoria das ligações dentro da cidade.
Entre as necessidades emergenciais estão a ligação asfaltada entre Palmital e Ibirarema, que facilitaria também o acesso a Campos Novos, sem pedágio, outra com Cândido Mota, o asfaltamento de Palmital até o trevo de Platina, para a ligação definitiva com aquela cidade, além de prolongar a rodovia Nelson Leopoldino até a estrada que liga Platina a Campos Novos Paulista. O que parece uma utopia, é plenamente justificado pelas milhares de propriedades rurais altamente produtivas que seriam beneficiadas com a facilidade e a redução do custo do transporte de produtos agrícolas.
Na zona urbana, é urgente a conclusão e o asfaltamento do Anel Viário Municipal, de preferência o mais próximo possível de sua concepção original, a abertura de novas passagens pela linha férrea, hoje praticamente extinta, assim como a criação de vias expressas, em duas pistas, com as várias rotatórias do Anel Viário e de acesso à Raposo Tavares e à Nelson Leopoldino. Com essas prioridades, é possível melhorar o tráfego urbano e rural, valorizar bastante as propriedades, facilitar o transporte de pessoas e produtos e preparar a cidade para o verdadeiro desenvolvimento que se almeja, mas que não chega.