A fumaça negra exalada pelo incêndio em um depósito de materiais recicláveis na manhã de quarta-feira (13/08) em Palmital foi tema de postagens em redes sociais, chamou a atenção de moradores da região e confundiu internautas. A nuvem em formato retilíneo formou uma trilha na paisagem da região, estendendeu-se por vários quilômetros e foi visualizada em municípios vizinhos.
Romildo Pereira de Carvalho, morador de Cândido Mota, postou no Facebook às 8h15, a seguinte mensagem e foto do céu feita a partir de um ponto comercial de sua cidade:
“Salve! Salve! A cada dia, um “desenho” diferente em nossas vidas, hoje no céu, vemos uma faixa cinza, pode ser até uma tribulação da vida, quase que linear, amanhã um novo dia surge com algumas mudanças é o milagre do amanhecer! Deus nos abençoe grandemente! Paz e Bem!”

Alertado por outros internautas que fizeram comentários na postagem, pouco depois das 9 horas ele compartilhou notícia do JC Online entendendo o ocorrido e manifestando tristeza.
“A explicação da faixa cinza no céu hoje… tristeza!”

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FUMAÇAS DE QUEIMADAS CONFUNDEM A PAISAGEM
A poluição atmosférica causada pelas queimadas altera a paisagem, principalmente durante o pôr do sol, que adquiri tons avermelhados. A beleza da paisagem esconde os efeitos da fumaça que causa a mudança no visual. Grandes incêndios florestais nas regiões do Mato Grosso do Sul (MS) interfere na visão do pôr do sol em cidades do Centro Oeste Paulista, incluindo Palmital.
O fenômeno do sol vermelho, especialmente durante o nascer e o pôr do sol, é causado pela dispersão da luz solar por partículas de fumaça provenientes de queimadas. Ao conter muitas partículas em suspensão, a fumaça interage com a luz solar, dispersando os comprimentos de onda mais curtos (como o azul) e permitindo que os comprimentos de onda mais longos (como o vermelho e o laranja) predominem. Isso cria a impressão de um sol mais avermelhado, especialmente quando o sol está próximo ao horizonte.

- Dispersão de Rayleigh: Quando a luz solar atinge partículas muito pequenas (como moléculas de ar), ocorre o fenômeno da dispersão de Rayleigh, que explica a cor azul do céu.
- Dispersão Mie: No caso da fumaça de queimadas, as partículas são maiores, e ocorre a dispersão Mie. A luz solar interage com essas partículas, dispersando mais intensamente os comprimentos de onda mais curtos (azul, verde) e deixando passar os comprimentos de onda mais longos (vermelho, laranja).
- Trajetória da luz: Ao amanhecer e ao entardecer, a luz solar percorre uma distância maior na atmosfera para chegar aos nossos olhos, encontrando mais partículas de fumaça no caminho. Isso aumenta a quantidade de luz vermelha dispersada, tornando o sol mais vermelho.
- Alerta ambiental: O sol vermelho, portanto, é um sinal de alerta sobre a qualidade do ar, indicando a presença de poluição atmosférica causada pelas queimadas, como aconteceu em Palmital nesta semana.
