Cidades inteligentes

O conceito “cidade inteligente” tem como premissa a criação de centros urbanos que usam tecnologias digitais e práticas sustentáveis para melhorar a qualidade de vida dos moradores, comprovando que a modernidade passa, obrigatoriamente, pela preservação, recuperação e uso racional dos recursos naturais.

Nos últimos anos, as prefeituras de muitas cidades brasileiras, principalmente do Estado de São Paulo, passaram a investir na chamada conexão digital para melhoria da segurança, da iluminação pública e da produção de energia limpa, mas são poucas as que de fato priorizam a questão ambiental.

São muitas as medidas necessárias e prioritárias na área do meio ambiente, todas escancaradas para análise dos especialistas a cada chuva, a cada enchente, a cada seca, a cada verão com temperaturas elevadas, em eventos recorrentes que causam risco de vida e ao patrimônio das pessoas e, principalmente, à saúde pública.

Mesmo assim, as medidas emergenciais relacionadas à proteção dos recursos naturais continuam relegadas, pois muitas delas interferem no conceito arcaico de que a preservação ambiental pode reduzir ganhos nas atividades produtivas agrícolas, comerciais e industriais.

“…as medidas emergenciais relacionadas à proteção dos recursos naturais continuam relegadas…”

A sabedoria dos administradores visionários não reside na solução de problemas antigos com medidas repetidas, mas sim na previsão do futuro com medidas modernas, à frente do tempo, suprindo as necessidades que já começam a se manifestar.

O ex-prefeito Manoel Leão Rego, por exemplo, idealizou uma Palmital dotada de ruas mais largas, com muitas praças, várias avenidas de duas pistas e com desenvolvimento social e econômico, mas seus projetos não tiveram continuidade e o crescimento da cidade se tornou desordenado e agressivo ao meio ambiente, como já se verifica em alguns novos bairros.

O programa de readequação de microbacias hidrográficas iniciado no mandato da prefeita Marilena Tronco não teve continuidade e ficou restrito ao cumprimento das leis federais que regulamentam as práticas agrícolas, sem a participação efetiva do município que pode salvaguardar e, principalmente, adequar as medidas para a realidade local.

Muitas outras iniciativas simples, e eficientes, podem e devem ser adotadas no sentido de antecipar as demandas que surgem, como a falta de água, provando que a cidade inteligente não é aquela que soluciona problemas antigos, mas sim a que prevê as necessidades do futuro.

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Cláudio Pissolito

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