Educação: teoria e prática

“…a teoria da política não se aplica na prática do exercício da gestão…”

 

O tema Educação é, de longe, o mais abordado em campanhas políticas e durante os mandatos, sempre considerado como prioritário, mas sem alcançar os índices mínimos de desempenho, como mostram todos os indicadores criados e aplicados nos últimos anos. O país, com avaliação muito baixa e elevado número de analfabetos formais e funcionais, figura entre os piores do mundo, atrás da Etiópia. Portanto, as medidas adotadas pelos últimos governos, incluindo aquele que se autodenominou “Pátria Educadora”, não surtiram efeitos na qualidade do ensino oferecido.

A primeira medida citada como essencial para a melhoria do ensino público sempre foi e continua sendo a valorização do professor, o que de fato aconteceu, principalmente nas cidades. A Municipalização do Ensino Público, muito combatida pelas lideranças do professorado, acabou se mostrando como medida positiva ao responsabilizar os gestores das cidades pelos resultados e criar uma espécie de competição, além é claro da criação de fundos próprios para o financiamento do sistema de ensino. Nas cidades da Comarca é possível comprovar a significativa valorização dos professores em comparação a outras categorias do funcionalismo municipal.

Entretanto, a discrepância ainda é acentuada, principalmente em Palmital, quando se compara o piso salarial mínimo do professor, de R$ 1,64 mil, contra o subsídio do vereador, de R$ 5,37 mil. O enorme abismo é flagrante e revela que a teoria da política não se aplica na prática do exercício da gestão pública, indicando enorme falha na valorização das atividades, que certamente não é causada pelo ganho dos professores. Em muitas cidades, o custo político é maior que o custo da educação, que obrigatoriamente deve utilizar no mínimo um quarto do orçamento.

Junto à lenta, mas perceptível valorização dos professores, é preciso fazer com que os resultados das avaliações sejam também positivos, com melhor qualidade do ensino, mais disciplina nas escolas e aprendizado pelos alunos. Mesmo com o ensino considerado prioridade máxima, a primeira medida adotada pelos mais insignificantes motivos é a suspensão das aulas ou as pontes que transformam um feriado em descontinuidade dos estudos. Junto a melhores salários e de condições materiais e de trabalho, deve-se investir na conscientização de professores, dos alunos e das famílias para a importância do ensino como único meio de ascensão do indivíduo e de desenvolvimento do coletivo.

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Cláudio Pissolito

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