Segundo a Tenente Mariana, da Seção de Comunicação Social do 46 Batalhão da Polícia Militar, no último sábado (14 de setembro), enquanto se preparava para subir ao altar, Jéssica, grávida de 7 meses, começou a se sentir mal e acharam que era ansiedade por causa do casamento. Afinal, tinha chegado o grande dia. “No trajeto até a igreja, onde o noivo e os convidados a aguardavam para a cerimônia matrimonial, ela começou a se sentir mal novamente”, conta Mariana.
A família foi avisada e o noivo, que já estava à espera, foi ver o que estava acontecendo e encontrou Jéssica desacordada, na porta da igreja. “Eu fiquei preocupado porque estava esperando ela no altar e ela não entrava. Uma prima dela entrou correndo, pelo tapete, e me contou que ela tinha desmaiado. Eu tirei ela da limosine, comecei os primeiros socorros e pedi ajuda dos meus amigos bombeiros que estavam lá”, disse o tenente Gonçalves.
Jéssica teve um AVC hemorrágico, por conta de uma eclâmpsia, e já chegou à maternidade sem atividade cerebral. A equipe médica realizou uma cesárea de emergência para salvar a vida da pequena Sophia, que nasceu de 29 semanas, pesando 1 kg. A bebê prematura está recebendo todos os cuidados na UTI Neonatal.
Jéssica estava fazendo acompanhamento pré-natal, não teve nenhum pico de pressão alta durante toda a gestação e era saudável, fazia atividade física e se alimentava bem.
O tenente Gonçalvez lembrou da alegria da noiva. “Ela estava muito feliz com o casamento e com a gravidez. Eu ainda não acredito que tudo isso aconteceu. Parece que estou em um filme triste, que você chora, chora, mas sai da sala de cinema e percebe que foi só um filme. No meu caso, o filme não acabou e o sofrimento será para sempre”, disse emocionado.
Com a constatação da morte cerebral de Jéssica, a família decidiu atender ao próprio pedido dela e vão doar os órgãos, o que já está sendo realizado.
Fonte: Visão Notícias