QUE PAÍS É ESSE

EDITORIAL JC

“…fatos escabrosos da véspera são superados com distinção e louvor…”

Que país é esse

É a segunda vez em curto espaço de tempo que usamos a pergunta indignada de Renato Russo para titular nosso editorial, que também mais uma vez chega eivado de indignação e exalando a chamada vergonha alheia.

Motivos não faltam para revolta diante de acontecimentos sucessivos, mas a realidade comprova que a cada dia os fatos escabrosos da véspera são superados com distinção e louvor pelos fatos indecorosos de hoje.

Com autoridades constituídas, tanto pelo voto quanto pelos arranjos, produzindo indecências diariamente e o povo oferecendo contribuição para o caos moral, o vexame nacional se completa.

A vacinação contra o Coronavírus, em meio à maior pandemia da história recente, comprova que vivemos em meio social perverso, indigno, insensato e insensível. Basta saber que, para vacinar idosos, é preciso que eles sejam acompanhados e filmados como garantia de que a seringa tenha vacina, que de fato foi aplicada, mas sem a certeza sequer de que seja verdadeira.

Entre ricos e poderosos, surge a notícia de que uma falsa enfermeira vendeu e aplicou vacinas falsificas em um grupo de empresários milionários, vigaristas e otários que utilizaram o poder do dinheiro para auferir vantagens.

Uma notícia singela, quase secundária, em meio aos horrores do ato criminoso insano e abominável do padrasto que assassinou o enteado e é protegido pela mãe da vítima, é que o monstro travestido de vereador recebeu lanche servido pelo próprio diretor da unidade prisional a que foi recolhido, em atitude de deferência inaceitável e vergonhosa.

Sobre o ato deplorável, autoridades superiores não irão investigar alegando que o lanchinho oferecido ao indivíduo que matou uma criança a socos e pontapés foi o mesmo servido aos demais presos.

E, para não dizer que também não produzimos nossas mazelas, a vacinação das forças de segurança em Assis está sob suspeita de que familiares de oficiais e policiais receberam as vacinas indevidamente, enquanto entregadores, caminhoneiros e ambulantes, que dependem do trabalho para viver, aguardam na fila da incompetência e das desavenças políticas.

Diante de humilhantes detalhes, é bom lembrar Rui Barbosa: De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.

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