Violência banalizada

“…tranquilidade típica e o bucolismo tradicional estão sendo substituídos pelo medo da violência…”

 

Quatro casos marcantes e preocupantes de violência na última semana em Salto Grande e Palmital ilustram a insegurança que se vive também em pequenas cidades. A tranquilidade típica e o bucolismo tradicional estão sendo substituídos pelo medo da violência que se agrava e se torna cada vez mais recorrente, seja na cidade ou no campo. Assim, os acontecimentos conhecidos apenas pela narrativa dos noticiários, hoje se faz presente na memória das vítimas e nas sequelas herdadas pelo terror de momentos de agressão física ou psicológica que o crime sempre deixa como marca em suas vítimas.

A cena é difícil de imaginar, mas na pequena Salto Grande, cidade turística às margens da represa da hidrelétrica onde se presencia o encontro de dois rios cujas margens abrigam belas chácaras e ranchos de lazer, o crime também passa a fazer parte do cotidiano. Um casal de idosos que dorme tranquilamente tem a casa invadida por jovens ladrões, provavelmente iniciantes no crime, que entram nos cômodos e, de supetão, acordam o marido de 79 anos. Assustado, ele tenta se defender como pode, mas acaba literalmente abatido dentro de seu próprio quarto por um disparo de arma de fogo. A morte chega alguns dias depois, para tristeza da cidade e desespero da família.

Na até há pouco tempo pacata Palmital, um rapaz passeia de motocicleta sem perceber que está sendo seguido por uma dupla em outro veículo semelhante. Decide parar numa sorveteria na rua principal da cidade, mas antes mesmo de retirar a chave do contato é abordado por um rapaz, possivelmente armado, que leva seu meio de transporte, um bem adquirido com o esforço do trabalho honesto. Uma madrugada antes, uma fazenda recebe a visita de ladrões que rompem os cadeados dos galpões e levam todo o estoque de defensivos de elevado custo usado nas lavouras de soja e milho.

Algumas horas antes ou depois, alguém entra no pátio de uma empresa agrícola, rompe a cerca e adentra o pátio e as instalações, de onde retira o que encontra de algum valor. Quando volta, constata que as rodas do automóvel ficaram presas no barro amolecido pelas chuvas, mas o ladrão tem a audácia de usar a empilhadeira da própria empresa para tentar retirar o veículo. Acaba deixando o carro, mas leva o que consegue, indicando que a cada exemplo registrado confirma-se a banalização diária e continuada da violência nas pequenas cidades, nas suas periferias ou em chácaras, sítios e fazendas.

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