Candidatos e eleitores

“…é preciso buscar no exercício da memória como era o comportamento pessoal do indivíduo antes de ser candidato…”

 

Considerando que, em um ano, os candidatos às eleições municipais já estarão lançados e em plena campanha, tanto aqueles que pretendem manter-se no cargo, assim como os que desejam se apresentar como alternativas, já estão formando grupos, planejando ações políticas ou atuando em plena campanha. São inúmeras as formas de se fazer política, seja participando ou liderando grupos organizados em entidades, igrejas e associações, como patrocinadores de eventos e de esportes em geral, assim como na busca de popularidade junto a amigos, familiares, vizinhos e à própria comunidade.

Nessa transformação voluntária simulada, em alguns casos a pessoa passa a representar um papel que não condiz com sua história de vida e muito menos com sua personalidade, iniciando assim o processo de ilusão naqueles com quem passam a se relacionar por interesse. Os mais incautos, ou até mesmo inocentes, e que representam a maioria da população, são os primeiros seduzidos pela simplicidade, bondade, simpatia e popularidade dos que agem como atores interessados em demonstrar virtudes e praticar gestos até então desconhecidos, criando uma espécie de personagem fabricada com o intuito de buscar a confiança dos eleitores.

E como a busca pelo voto passa necessariamente pela conquista e a sedução, seja com vantagens materiais ou pela segurança transmitida às pessoas, o eleitor deve ficar muito atento e, sempre que possível, fazer análise mais detalhada daqueles que se apresentam como novos amigos ou defensores de ideias e ideais que nunca representaram. Como muito se sabe, existem apenas dois modelos de político: o simpático, afável, bondoso e sempre presente, quando em campanha, e aquele distante, rude e mesquinho que ocupa o cargo que almejou e para o qual investiu muito em propaganda pessoal e gastou muitos recursos financeiros.

Assim sendo, para avaliar com justiça os candidatos que buscam a reeleição, é preciso buscar no exercício da memória como era o comportamento pessoal do indivíduo antes de ser candidato, como se apresentou durante a campanha e como agiu depois de eleito. Para os novatos, é preciso avaliar a conduta pessoal, a capacidade de realização, sua integridade moral e as condições que possui para ocupar o cargo que almeja. Afinal, será apenas com uma relação de desconfiança, de análise e de avaliação criteriosa que o eleitor poderá escolher o melhor candidato e depois não se sentir enganado.

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Cláudio Pissolito

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