O Jornal da Comarca recebeu na tarde de quarta-feira (27/05) informações e registros fotográficos de usuários da vicinal Domingos Samponi, de acesso a Platina, questionando o serviço de poda radical da vegetação realizado pela Concessionária Auto Raposo Tavares (Cart).
O trabalho, conforme os denunciantes, estaria mutilando árvores no trecho próximo à entrada da cidade, onde há propriedades rurais com áreas de mata.
Moradores da região questionam o procedimento, que estaria causando danos irreparáveis ao comprometer a estabilidade das árvores e até mesmo condenando-as a morte.
As imagens enviadas ao JC também mostram que as equipe que fazem o serviço teriam deixado resíduos de folhas e até um monte galhos triturados às margens da rodovia.
Um dos usuários disse que, em conversa com integrantes da equipe de trabalho, recebeu informação que o serviço seria uma determinação da Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) e tem como objetivo melhorar a segurança no acesso rodoviário, pois evita que galhos caiam sobre veículos e previne possíveis acidentes.
A partir das informações levantadas pelos usuários, o JC entrou em contato com a Cart, que confirmou a realização dos serviços de manutenção e conservação com a poda em árvores e arbustos na faixa de domínio da SPA 424/270, que liga Platina à Rodovia Raposo Tavares.
“O objetivo dos serviços é garantir a segurança dos usuários da via contra possíveis quedas de galhos. A Concessionária acrescenta que faz rotineiramente serviços semelhantes em pontos identificados por equipes de inspeção que circulam diariamente pela malha rodoviária e nos acessos secundários, conforme previsto no contrato de concessão”, diz a nota.
A Cart destacou ainda que a poda da vegetação tem respaldo técnico e está autorizada pela Artesp, acaso possa interferir no tráfego.
“É importante mencionar que, no período verificado, de 2017 a 2020, não há qualquer ocorrência envolvendo queda de galhos, o que reforça a importância do procedimento para a segurança do usuário”, destacou a empresa que administra o Corredor Raposo Tavares entre Bauru e Presidente Epitácio.
A reportagem do JC esteve no local onde foi feito o serviço de poda e constatou, mesmo sem conhecimento técnico, que algumas arvores de grande porte tiveram poda radical apenas do lado da rodovia, o que pode causar o desequilíbrio e consequente dano ao desenvolvimento e até a morte.
Outra denúncia confirmada é a deposição dos restos vegetais às margens da rodovia.
Em outra vicinal, a que liga Platina a Assis, foi constatado a realização do mesmo serviço na manhã desta sexta-feira, 29, sem qualquer sinalização que possa indicar aos usuários a obstrução da pista.