Saúde

Além de Palmital, pacientes de nove municípios foram atendidos no mutirão

A Santa Casa de Misericórdia de Palmital, em parceria com a Secretaria da Saúde da Prefeitura, está garantindo a continuidade dos mutirões de cirurgias eletivas para atender pacientes do SUS. Os seguidos mutirões de cirurgias oftalmológicas, essenciais para a população, estão contribuindo para acabar com as filas em Palmital e também atender cidades da região nestes serviços de especialidade.

No dia 20 de outubro, a Santa Casa mobilizou uma equipe de oftalmologistas e profissionais de enfermagem para atender 121 pacientes de Palmital e de cidades do interior paulista, incluindo Pracinha, Cândido Mota, Oscar Bressane, Ibirarema, Campos Novos Paulista, Parapuã, Vera Cruz, Paraguaçu Paulista e Bernardino de Campos.

O mutirão da Santa Casa contou com a parceria da Secretaria Estadual de Saúde, que fez a contratação dos serviços da entidade para os procedimentos em pacientes do SUS. “A Santa Casa reafirma seu compromisso de levar saúde e qualidade de vida para os moradores de Palmital e região, proporcionando não apenas cirurgias essenciais, mas também o acompanhamento necessário para garantir o sucesso dos tratamentos oftalmológicos”, diz trecho de nota da administração municipal.

De acordo com a Prefeitura, um novo mutirão será realizado neste final de semana, quando serão feitas cirurgias de pterígio, que trata o crescimento anormal de tecido sobre a córnea. A equipe de oftalmologia também realizará procedimentos de YAG laser, voltado para pacientes que já passaram pela retirada da catarata e necessitam de uma “limpeza da lente” para garantir melhor visão.

Diversas cidades de Santa Catarina enfrentam um surto de coqueluche em 2024, com 106 casos confirmados até o momento, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC). Em 2023, apenas dois casos foram registrados nas regiões do Médio Vale do Itajaí e Grande Florianópolis. O cenário atual abrange diversas regiões do estado, incluindo Foz do Rio Itajaí, com 29 casos, e região metropolitana da capital, com 21.

A faixa etária mais afetada são as crianças menores de um ano, com 38 casos, principalmente na Grande Florianópolis, onde ocorreram 11 registros. Adolescentes entre 10 e 14 anos também estão sendo impactados, com 25 casos, dos quais 11 foram na Foz do Rio Itajaí. Além do aumento geral, dois casos graves resultaram em óbitos de bebês prematuros, os primeiros registros de mortes por coqueluche em Santa Catarina desde 2014.

O primeiro óbito foi de um bebê de dois meses, em Itajaí, no dia 20 de agosto. A segunda morte ocorreu em Joinville, no dia 27 de agosto, também envolvendo uma criança de dois meses.

Os casos apontam para uma possível falha na proteção materna, já que as mães não haviam recebido a vacina DTP-A, indicada para gestantes e essencial para a proteção dos recém-nascidos. Os bebês ainda não tinham sido vacinados contra a coqueluche, e não apresentavam comorbidades.

A vacina que previne contra a coqueluche é a pentavalente, que deve ser administrada em três doses, aos dois, quatro e seis meses de vida. No entanto, a baixa cobertura vacinal em Santa Catarina tem contribuído para o aumento de casos.

A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 95%, mas o estado atingiu apenas 88,87% de cobertura em 2024, uma queda em relação a 2023, quando a taxa foi de 91,47%. Desde a pandemia de Covid-19 as teorias conspiratórias, conhecidas como antivacina ou antivax, ganharam força, principalmente entre eleitores de extrema-direita.

O que é coqueluche

A coqueluche é uma doença infecciosa que atinge as vias respiratórias, provocando tosse seca e crises de falta de ar. É altamente contagiosa e pode ser transmitida por meio de gotículas de saliva, tosse ou espirros, principalmente em pessoas não vacinadas. Em casos mais graves, como relatado pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES), a tosse pode se tornar severa e comprometer a respiração, levando a complicações como vômitos e exaustão extrema.

Entre os principais sintomas da coqueluche estão o mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Com a evolução da doença, a tosse se intensifica, podendo causar crises prolongadas que dificultam a respiração.

Fonte: DCM

Uma nova variante da Covid-19, chamada XEC, foi detectada no Brasil, com casos confirmados no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Identificada pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), a variante é uma subvariante da Ômicron e surgiu a partir da recombinação genética entre duas linhagens dessa cepa, KS.1.1 e KP.3.3.

De acordo com especialistas, a XEC pode ser mais transmissível, já que suas mutações facilitam a propagação. A variante foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “sob monitoramento”, mas ainda não é considerada uma variante preocupante. Isso significa que, embora haja indícios de maior disseminação, não se sabe ao certo se causa quadros mais graves da doença.

Scott Roberts, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Yale, afirmou que a XEC já superou o crescimento de outras variantes em algumas partes da Europa. A variante já foi detectada em pelo menos 35 países, e seu avanço rápido tem sido observado desde meados de 2023.

No Brasil, a virologista Paola Resende, da Fiocruz, alertou que o impacto da variante XEC ainda é incerto. Segundo ela, a resposta imunológica da população pode variar de acordo com as variantes previamente circulantes em cada região, o que pode influenciar o comportamento da XEC no país.

Sintomas

A nova variante apresenta sintomas semelhantes aos de outras cepas da Covid-19, como febre, dores no corpo, cansaço, tosse e dor de garganta. Até o momento, não há relatos de que a XEC cause quadros mais severos da doença.

Os dados da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e do Infogripe, da Fiocruz, indicam que não houve aumento significativo nos casos de Covid-19 na cidade após a detecção da XEC. No entanto, Resende destacou que a vigilância genômica no Brasil enfraqueceu, dificultando o monitoramento de novas variantes.

Vigilância genômica

A virologista reforçou a necessidade de manter a vigilância genômica ativa no país para acompanhar a evolução da XEC e outras possíveis mutações do vírus. Ela também lembrou que, embora o vírus continue a sofrer mutações, as vacinas atualizadas para a Ômicron devem manter algum nível de proteção contra a nova cepa.

Scott Roberts, por sua vez, destacou que, apesar das mutações, a expectativa é de que as vacinas atuais, especialmente as atualizadas, continuem a oferecer proteção significativa contra casos graves da Covid-19 causados pela XEC.

Fonte: DCM

O Departamento de Saúde da Prefeitura de Palmital está realizando diversas atividades voltadas à saúde da mulher durante o Outubro Rosa. O objetivo é chamar a atenção para os cuidados de prevenção a doenças que afetam o público feminino, com foco em medidas de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo do útero.

Neste sábado (19/10), a Prefeitura realiza o Mutirão Outubro Rosa para atendimento ao público feminino no Centro de Saúde Nelson da Cunha Bastos. As atividades ocorrem das 9 às 15 horas com equipe mobilizada para a coleta do exame Papanicolau, que possibilita a identificação do câncer uterino, e vacinação contra diversas doenças.

A equipe do mutirão também faz orientações às mulheres para os fatores de risco do câncer, para a adoção de práticas preventivas e a conscientização sobre hábitos para o diagnóstico precoce do câncer. Os procedimentos salvam vidas, pois se a doença for descoberta ainda nos primeiros estágios, o tratamento é mais rápido e tem elevado porcentual de cura.

No início de setembro, o Congresso Europeu de Cardiologia, realizado em Londres, trouxe importantes atualizações para o diagnóstico e tratamento da hipertensão, uma condição que afeta bilhões de pessoas no mundo. O evento marcou a divulgação de novas diretrizes que simplificam os critérios de pressão arterial e introduzem um tratamento mais intenso já nos estágios iniciais da doença.

As novas classificações são definidas da seguinte forma: pressão arterial não elevada corresponde a valores abaixo de 120/70 mmHg, popularmente conhecido como “12 por 7”; pressão arterial elevada é considerada quando os valores ficam entre 120/70 mmHg e 139/89 mmHg, ou seja, “quase 14 por 9”; já a hipertensão arterial é diagnosticada quando a pressão é maior que 140/90 mmHg, acima de “14 por 9”.

Anteriormente, os cardiologistas utilizavam seis categorias para classificar a pressão arterial, que iam de “ótimo” até “hipertensão estágio 3”. As novas diretrizes simplificam essa divisão e criam a categoria “pressão elevada”, destacando a necessidade de tratamento em fases mais precoces, especialmente para pacientes com maior risco cardiovascular.

A hipertensão é um dos principais fatores de risco para doenças graves como infarto, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal, cegueira e até demência. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), uma pessoa morre a cada 90 segundos no Brasil devido a problemas cardíacos ou vasculares.

Apesar disso, muitos não sabem que são hipertensos. O médico Carlos Alberto Machado, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, estima que cerca de 1,2 bilhão de pessoas sofrem de hipertensão no mundo, e a maioria desconhece o diagnóstico.

“O grande problema é que mais da metade nem sabe que é hipertensa. Entre aquelas que sabem, só metade faz o tratamento. E entre quem faz tratamento, apenas metade tem a pressão controlada”, alerta o especialista.

O cardiologista Fábio Argenta, da SBC, informa que o Brasil já está adaptando suas diretrizes de hipertensão, com previsão de lançamento em 2025. Segundo ele, o país deve seguir a linha das orientações europeias. “Precisamos levantar a bandeira de que o adequado não é mais o 12 por 8. De agora em diante, é preciso estar de 12 por 7 para baixo. Esse é o novo normal”, afirma.

O médico Luiz Bortolotto, do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, vê com cautela a criação da categoria “pressão elevada”, destacando que pode gerar confusão tanto para pacientes quanto para profissionais. “Eu particularmente gostava mais da classificação anterior, pois entendo que termos como ‘pré-hipertensão’ são mais fáceis de compreender e de gerar um alerta.”, diz ele.

As novas diretrizes também reforçam a importância de mudanças no estilo de vida para controlar a pressão arterial, como manter o peso adequado, adotar uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool e reduzir o sal.

Entre as novidades, está o aumento da ingestão de alimentos ricos em potássio, como frutas e verduras, e a inclusão de treinos de resistência muscular, que ajudam na saúde dos vasos sanguíneos.

Além disso, o tratamento medicamentoso foi intensificado. A recomendação é iniciar a terapia com dois medicamentos de classes diferentes para garantir um controle mais eficaz da pressão. Essa abordagem, segundo Machado, pode controlar até 60% dos casos de hipertensão, e a combinação de três classes de medicamentos eleva esse índice para 90%.

As diretrizes também reforçam a necessidade de monitorar a pressão arterial fora do consultório, seja em casa com aparelhos como o MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial) ou o MRPA (Medição Residencial da Pressão Arterial). Esses métodos ajudam a confirmar o diagnóstico e garantem um acompanhamento mais preciso dos níveis de pressão.

Fonte: DCM

A Santa Casa de Misericórdia de Palmital recebeu recentemente um arco cirúrgico, equipamento de última geração que possibilita o aprimoramento e a ampliação dos serviços prestados aos pacientes atendidos pela entidade, a maioria de usuários do Sistema Único de Saúde.

A conquista, viabilizada por meio da parceria entre a Prefeitura e a Secretaria de Saúde do Estado, garante mais precisão e qualidade em intervenções nas especialidades de ortopedia, urologia e vascular.

A novidade foi apresentada pelo prefeito Luis Gustavo Mendes Moraes, junto com a diretora de saúde Nádia Ortiz e as interventoras da Santa Casa, Fabiana Paes (administrativa) e Nívea Damini (técnica).

O equipamento foi viabilizado por verba de R$ 500 mil liberada pelo governo do Estado, atendendo pedido feito pela direção da entidade. O anúncio da autorização dos recursos ocorreu durante a reinauguração do Pronto-Socorro, em fevereiro.

O arco cirúrgico é um aparelho que funciona de maneira semelhante ao aparelho de raios-x, capturando imagens detalhadas e em tempo real das estruturas internas do corpo durante os procedimentos cirúrgicos.

“Essa tecnologia permite que os médicos acompanhem o andamento da cirurgia com mais precisão e segurança, reduzindo os riscos e aumentando a eficácia das intervenções”, destacou Luis Gustavo.

A viabilização do equipamento, segundo a Prefeitura, atende a demanda da entidade que necessita fazer transferências frequentes de pacientes para outros hospitais por não contar com o equipamento que permite cirurgias de maior complexidade.

“Com a chegada do arco cirúrgico, a Santa Casa ganha mais autonomia, podendo realizar procedimentos que antes exigiam deslocamento dos pacientes para outros centros”, enfatizou o prefeito.

“Isso não apenas amplia a capacidade de atendimento da instituição, como também reduz o tempo de espera e melhora o acesso da população aos serviços de saúde”, completou Luis Gustavo. O novo equipamento está em fase de implantação no centro cirúrgico e deve ser entrar em operação brevemente, tanto para procedimentos do SUS quanto para pacientes de convênios e particulares.

A Câmara Municipal realiza na noite de quarta-feira (02/10) uma palestra que abre a programação do Outubro Rosa em Palmital. A iniciativa, em respeito à lei 13.733/2018, tem como objetivo incentivar o público feminino a buscar atendimento médico para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama, além de incentivar ações de saúde da mulher.

A palestra será ministrada pela médica palmitalense Cristiane Candeo Zanetti, especialista em ginecologia e obstetrícia. O evento ocorre a partir das 19 horas no salão do Departamento Municipal de Educação, no antigo edifício do Fórum, no centro de Palmital. A entrada é gratuita para o evento, que marcará o início do mês dedicado à conscientização e prevenção da doença grave, que afeta milhares de mulheres todos os anos.

O tema principal da palestra será a prevenção do câncer de mama, abordando ainda outras manifestações da doença que também afetam grande número de mulheres. A médica Cristiane Zanetti fará abordagem prática e esclarecedora focada nos fatores de risco, nos cuidados de prevenção e nas orientações sobre a importância do diagnóstico precoce, possibilitando elevados porcentuais de cura às pacientes.

O Outubro Rosa é uma campanha mundial de conscientização que busca alertar as mulheres e a sociedade em geral sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, excetuando-se os tumores de pele, que não são melanoma. No Brasil, a Lei nº 13.733/2018 instituiu o Outubro Rosa, oficializando o mês como um período de campanhas educativas e ações voltadas à saúde da mulher.

O câncer de mama é uma doença que atinge principalmente mulheres a partir dos 40 anos. A detecção precoce, por meio do autoexame, quando identificada nas fases iniciais, oferece chance de cura de 95%. O tumor do colo do útero é causado principalmente pelo HPV e pode ser detectado por meio do exame Papanicolau.

Mais de 39 milhões de pessoas em todo o mundo podem morrer diretamente devido a infecções resistentes aos antibióticos nos próximos 25 anos. Isso é o que aponta um estudo publicado na segunda-feira (16/09) na revista científica The Lancet, que considera possível evitar essa tragédia.

Espera-se que a resistência aos antibióticos, reconhecida como um grande desafio de saúde pública, se agrave nos próximos anos.

🦠Esse fenômeno ocorre quando bactérias ou outros patógenos sofrem alterações que os impedem de responder aos tratamentos antimicrobianos.

O estudo avalia, pela primeira vez, o impacto da resistência aos antibióticos ao longo do tempo e tenta calcular sua evolução.

👉De 1990 a 2021, mais de um milhão de pessoas em todo o mundo morreram a cada ano devido à resistência aos antibióticos, de acordo com os autores.

Os pesquisadores analisaram 22 patógenos, 84 combinações entre patógenos e tratamentos, 11 síndromes infecciosas em pessoas de todas as idades em 204 países e territórios, com base em dados de 520 milhões de pessoas.

As mortes de crianças menores de cinco anos diretamente causadas pela resistência aos antibióticos diminuíram em mais de 50% em três décadas, pois a prevenção e o controle das infecções melhoraram em bebês e crianças pequenas.

No entanto, as mortes de adultos com 70 anos ou mais aumentaram em mais de 80% nesse período, devido ao rápido envelhecimento da população e à maior vulnerabilidade dos idosos às infecções.

Em relação aos patógenos, as mortes causadas pelo Staphylococcus aureus são as que mais aumentaram no mundo.

Nas próximas décadas, as mortes provocadas pela resistência aos antibióticos crescerão ainda mais.

O número de vítimas diretas pode chegar a 1,9 milhão anual em todo o mundo até 2050, um aumento de 67% em relação a 2021, segundo as projeções dos pesquisadores.

De acordo com os cientistas, a resistência aos antibióticos pode causar diretamente mais de 39 milhões de mortes no mundo e estar associada a 169 milhões de óbitos entre os anos de 2025 e 2050.

Com um melhor tratamento das infecções e acesso a antibióticos, seria possível evitar 92 milhões de mortes no mundo durante esse período, especialmente no sudeste asiático e na África subsaariana, segundo os autores do estudo.

Fonte: G1