PARABÉNS À PRIMEIRA-DAMA

Permitam-me. Assisti a posse do Bolsonaro e gostei do discurso da Primeira-Dama. Acho que entendi melhor a Michele discursando em libras (linguagem dos surdos) do que a Dilma quando falava em português.  Isso posto, prometo que não vou falar de política. Nenhuma linha. Ao contrário vou falar sobre cultura. Acabei de ler um excelente livro sobre o Império Romano. Sempre adorei História da Civilização. Vamos lá. Sem política. Segundo a literatura sobre o Império Romano a situação social de Roma Antiga no tempo dos Imperadores, embora no período da República, foi por demais, tensa. Uma pequena parcela da população detinha muita riqueza, em consequência dos saques ao erário público, os desvios de verbas e as mordomias da Corte.

Segundo o livro, além do trabalho escravo, grande maioria dos romanos vivia na miséria, em péssimas condições de vida. Em consequência, para deter os distúrbios sociais e as manifestações o imperador criou um projeto denominado “Panem et Circense”, que no idioma que eles falavam, o latim, significava “Pão e Circo”.

Criaram uma espécie de “Bolsa Farinha” relacionado à distribuição gratuita de trigo ou a preços baixíssimos para a população pobre. Mas não eram todos os pobres que tinham acesso a essa fonte de alimentação. Quem o desejasse teria que se inscrever no benefício. Com essa distribuição de bondades desviavam a atenção do povo acalmando as manifestações.

Ocorre que essa política criada pelos antigos romanos teve um custo enorme sufocando a economia do Império com índice elevado de inflação. Com a desvalorização da moeda e a alta dos juros aumentaram os impostos, principalmente os de energia, derivada do azeite, que alumiava os lampiões da Corte e das áreas urbanas. O povo pobre sofria muito, mas os romanos utilizam a mídia para fazer propaganda do regime. A mídia era proclamada pelos arautos a cavalo que usavam trombetas nas esquinas para propagar a publicidade do Império.

Adoradas leitoras e queridos leitores perceberam que não acrescentei nenhuma linha sobre política. Aprendi com meu avô que para o bom entendedor, meia palavra basta.

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Cláudio Pissolito

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