Dados oficiais do governo do Estado mostram a saturação causada pela pandemia nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da região de Marília. O sistema, que atende ao Sistema Único de Saúde (SUS), é destinado ao acolhimento de paciente que apresentam quadros respiratórios graves devido à infecção pelo coronavírus. O Estado também bateu o recorde de internados em terapia intensiva.
Conforme balanço divulgado nesta quinta-feira (25/02), com dados do dia anterior, a ocupação geral na área da Diretoria Regional de Saúde de Marília (DRS IX), que inclui Palmital e os municípios da Comarca, chegou a 86,75% dos leitos. A situação pode fazer com que a região volte à fase vermelha do Plano SP, mais restritiva de todas, caso o governo faça uma reclassificação nesta sexta-feira (26/02).
Dos 151 leitos disponibilizados para pacientes com covid-19 em doze hospitais, apenas 20 estavam livres. As santas casas de Adamantina, Marília, Ourinhos e Santa Cruz do Rio Pardo estavam com 100% dos leitos ocupados. Em Assis, a Santa Casa tinha 90% de lotação e o Hospital Regional estava 80%. Ainda havia vagas nas UTIs de Osvaldo Cruz (60%), Paraguaçu Paulista (90%), Garça (50%) e Tupã (66,67%).
O Hospital das Clínicas de Marília, mantido pela Famema, oferece o maior número de vagas na região e estava com apenas 1 de seus 30 leitos disponíveis, registrando ocupação de 96,67%. Já o hospital da Unimar, com 3 dos 20 leitos livres, tinha ocupação de 85%.
O Estado de São Paulo bateu o recorde de internações por covid-19 em UTIs desde o início da pandemia, chegando na quarta-feira (24/02) a 6.657 pacientes com suspeita ou confirmação da doença em terapia intensiva. O aumento é visto também na média diária de novas hospitalizações, cuja parcial desta semana é de 1.678, o que representa um aumento de 15,1% em cerca de 10 dias.