A Prefeitura de Palmital realizou na manhã da última quarta-feira (16/04) um ato cívico em comemoração aos 105 anos de emancipação político-administrativa do município, comemorado nesta segunda-feira (21/04). O evento, organizado pelo Departamento de Educação na praça da Bandeira, reuniu autoridades, representantes de entidades, convidados, integrantes de projetos e alunos de rede municipal de ensino.
A cerimônia contou com a presença do prefeito Luis Gustavo e da vice Ana Elisa, da diretora de Educação Márcia Descrove e de chefes de departamentos municipais, além do presidente da Câmara Miguel Bueno, vereadores, membros da equipe de gestão educacional do município e diretores de escolas públicas e particulares. Também participaram os ex-prefeitos Ismênia Mendes Moraes e Reinaldo Custódio da Silva, o Nardão.
Após ato cívico com o entoamento dos hinos Nacional e de Palmital, com o hasteamento das bandeiras, houve bênção do padre Otávio Peres, da Paróquia de São Sebastião. Em seguida, Márcia Descrove enfatizou a educação como pilar importante no desenvolvimento de Palmital, formando diversas gerações de cidadãos, citando o comprometimento de atual administração em seguir avançando no setor.
Miguel Bueno falou do momento de celebração das conquistas e do orgulho pela trajetória de Palmital, que foi impulsionada pelo esforço coletivo, além de manifestar a intenção do Legislativo em apoiar iniciativas que contribuam com a população. Ana Elisa enfatizou a rica herança cultural deixada pelos antepassados que contribuir para a formação do município, que oferece excelente qualidade de vida para seus moradores.
Luis Gustavo saudou sua equipe de trabalho, os vereadores e os profissionais de educação, lembrando o reconhecimento popular pelo seu trabalho nos primeiros quatro anos de mandato com a maior votação de história de Palmital nas últimas eleições. Segundo ele, a reeleição simbolizou o resultado das ações e das políticas públicas desenvolvidas desde 2021.
O prefeito citou as conquistas em diversos setores, como obras, saúde, educação, assistência social e eventos, o que proporciona muito orgulho aos palmitalenses. O prefeito ressaltou que todos devem valorizar o que já foi realizado e que sua administração ainda tem um grande trabalho a ser desenvolvido para fazer Palmital uma cidade cada vez melhor.
O evento foi realizado com apresentações artísticas. Crianças da educação infantil da creche Ilse Zörrer Franco focaram no tema voltado à literatura infantil, seguidas de um jogral com o tema “Palmital, Terra Queira”, com um grupo de professores da escola municipal Zezé Leão.
HISTÓRIA – O processo de desbravamento de Palmital foi iniciado em 1886, quando João Batista de Oliveira Aranha, vindo de São Manoel em companhia dos filhos, instalou-se na Água dos Aranhas, a cerca de quatro quilômetros da cidade atual e passou a divulgar a fertilidade do solo, atraindo várias outras famílias que deram início ao desenvolvimento da região. Logo foi construído o primeiro Armazém e aberto o primeiro hotel, por Licério Nazareth de Azevedo, por volta de 1910, surgindo ao redor um pequeno povoado que recebeu o nome “Palmital”, devido à grande quantidade de palmeiras existentes naquele tempo.
Francisco Severino da Costa loteou terras que formaram o povoado que logo se tornou local de parada para pernoite daqueles que transitavam na fronteira Paraná-São Paulo. Os tropeiros buscavam pernoite e comida, principalmente o palmito da palmeira Euterpe Eduli, muito abundante nas matas da região.
Uma capela foi construída em homenagem a São Sebastião e várias casas comerciais instaladas para abastecer aos agricultores que vinham atraídos pelo elevado potencial de produção das terras do Médio Vale Paranapanema. A denominação Palmital foi usada na estação de trens que a Estrada de Ferro Sorocabana inaugurou em 1913 e que foi responsável pelo escoamento do café produzido no município.
A partir de 1916, com a criação do Distrito de Paz, o mesmo nome passou a designar, oficialmente, o povoado que, antes de se emancipar, era distrito de Campos Novos do Paranapanema, atual Campos Novos Paulista. A emancipação político-administrativa de Palmital se deu em 21 de abril de 1920. A cidade também é conhecida como “Noiva do Planalto”.
Como sede de município autônomo, Palmital se tornou importante centro comercial, com aspecto de cidade pioneira numa região essencialmente agrícola. Nas primeiras décadas do século XX, a produção cafeeira era muito significativa, mas em, 1942, a atividade sofreu crise pelo desgaste do solo e as fortes geadas que causaram grandes prejuízos aos agricultores e comerciantes. Foi assim que surgiram outras culturas como mamona, milho, arroz, cana-de-açúcar e feijão.
Na década de 1970, após a grande geada que dizimou os cafezais, a base agrícola sofreu um processo de mecanização para o plantio da soja, milho e trigo, gerando outras fontes de riqueza e desenvolvimento no meio rural e urbano. Paralelamente, foram criados os alambiques que tornaram Palmital importante fabricante de aguardente de cana e depois etanol, incentivando a instalação de outras indústrias no setor do agronegócio como de processamento de grãos e mandioca. Outro destaque é o setor comercial e de serviços, que gera grande quantidade de empregos e movimenta a economia local.































