27 de agosto de 2024
VÍDEO: Motorista de aplicativo flagra homem se masturbando olhando para ela
Uma motorista de aplicativo em Santos, litoral de São Paulo, relatou ter sido vítima de importunação sexual enquanto trabalhava. Ela contou que, enquanto aguardava um novo chamado com o carro estacionado, um homem se masturbou na calçada, olhando fixamente para ela. “Me senti mal e impotente”, desabafou a motorista, que preferiu não se identificar. A situação ocorreu na Praça Miguel Couto, no bairro Aparecida.
A motorista relatou que o homem, acompanhado de outra pessoa, inicialmente passou por ela antes de parar e cometer o ato. Em um vídeo gravado pela vítima, o homem aparece tocando suas partes íntimas enquanto olhava na direção dela. Ao notar a presença de outras pessoas, ele contornou uma van estacionada e tentou disfarçar a situação. A mulher, indignada, filmou o ocorrido e ligou para a polícia, mas não conseguiu localizar o homem após o ocorrido.
O advogado criminal Mário Badures comentou sobre o caso, destacando que a ação do homem pode ser configurada como crime. “Ato obsceno é todo aquele que ofende a moral ou traz repulsa à sociedade, sendo praticado em ambiente público”, explicou. Segundo ele, a situação registrada em vídeo pode ter implicações legais, e o Código Penal prevê punições para esse tipo de comportamento. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que está investigando o caso.
Fonte: DCM
Incêndios em SP começaram em 90 minutos; mais de 80% dos focos ocorreram em áreas do agro
Uma análise feita pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) sobre os focos de incêndio no estado de São Paulo nos últimos dias indica que eles começaram a gerar fumaça quase no mesmo horário.
Entre os dias 22 e 24 de agosto, o estado registrou 2,6 mil focos de calor, sendo que 81,29% estavam concentrados em áreas de uso agropecuário, como plantações de cana-de-açúcar e pastagens.
🕗 A análise, divulgada nesta terça-feira (27/06), também mostra o aparecimento de colunas de fumaça no intervalo de 90 minutos, entre 10h30 e 12h da última sexta-feira (23/08).
Análise mostra que cortina de fumaça surgiu em 90 minutos; cana de açúcar e pastagem concentram ignição no oeste paulista. — Foto: Ipam
A coincidência de horário é um dos pontos que faz especialistas suspeitarem de incêndios criminosos e coordenados. Até o começo da tarde desta terça-feira (27/08), cinco pessoas tinham sido presas por envolvimentos nos incêndios.
O estudo utiliza dados de satélites para identificar focos de calor, além de informações sobre uso da terra de 2023 fornecidas pela Rede MapBiomas, que inclui o IPAM. Também foram usadas imagens do satélite GOES para observar a fumaça e anomalias térmicas.
De acordo com a análise, o satélite que capta focos de calor passa sobre a região na parte da manhã e no final da tarde.
📈 Entre suas duas passagens, naquele mesmo dia, o número de focos foi de 25 para 1.886 no estado.
Ainda conforme a análise, dos focos de calor registrados em áreas produtivas no estado de São Paulo durante o período de 22 a 24 de agosto, 44,45% (1,2 mil focos) ocorreram em plantações de cana-de-açúcar.
Em “mosaico de usos”, que são áreas agropecuárias onde não se distingue claramente entre pasto e agricultura, ocorreram 19,99% (524 focos). Em pastagens, 9,42% (247 focos) foram registrados, enquanto 7,43% (195 focos) aconteceram em áreas de silvicultura, soja, citrus, café e outras culturas.
A vegetação nativa, por sua vez, sofreu com 440 focos de calor, representando 16,77% do total nos três dias analisados.
Segundo o Ipam, a simultaneidade dos focos indica uma origem não natural, já que incêndios que ocorrem de forma natural tendem a começar em momentos diferentes, influenciados por fatores como umidade do solo, vegetação seca e condições climáticas.
Em entrevista ao podcast do g1 “O Assunto”, Ane Alencar, especialista em monitoramento de incêndios, reforça que essa coincidência de horários é um forte indício de interferência humana, já que em condições normais, o comportamento do fogo seria mais variado.
“O que nós vimos é que grande parte dos focos começaram a gerar fumaça mais ou menos no mesmo horário. E isso foi curioso”, explicou a especialista.
“[E isso] indica que se não foram, se não se conversaram, tem uma coisa muito interessante acontecendo ali, ondo todos os focos começaram mais ou menos na mesmo hora”, acrescentou.
Em meados de agosto de 2019, fazendeiros no Pará se articularam criminosamente para provocar queimadas ilegais em diversos pontos da região. Ao todo, foram 1.173 focos registrados no “Dia do Fogo”.
Aquele mês de agosto de 2019 foi marcado por queimadas recordes no bioma, fazendo até mesmo que a cidade de São Paulo visse o dia virar noite por causa da fumaça vinda de queimadas na região da Amazônia.
Agora, cinco anos depois, face ao fogo que atinge o estado de São Paulo e sufoca os moradores de regiões paulistas, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou, no domingo (25/08), que os incêndios registrados em agosto de 2024 são atípicos e precisam ser investigados. A Polícia Federal abriu inquéritos.
“Do mesmo jeito que nós tivemos o ‘dia do fogo’, há uma forte suspeita de que agora esteja acontecendo de novo”, afirmou Marina Silva.
Agora, no estado de São Paulo, o número de focos de incêndios registrado em agosto de 2024 já é o maior desde o início da série histórica do Inpe, em 1998.
Neste mês, que ainda nem chegou ao fim, já foram contabilizados 3.483 focos pelo satélite de referência do instituto.
“Na minha percepção, e do que eu consegui ler, entender, naquela época, era que tinha quase uma celebração de algumas pessoas que participaram desse ‘dia do fogo’. […] Quase como uma demonstração de força daquelas pessoas de que poderiam fazer o que quisessem que não seriam punidas. Essa foi um pouco da impressão que eu tive”, acrescentou Alencar ao “O Assunto”.
Assim como em 2019, agora em 2024 as investigações, ainda em andamento, recaem sobre a possibilidade de incêndios criminosos. O próprio governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou na segunda-feira (26/08) que um dos presos por envolvimento em incêndios em Batatais, no interior de São Paulo, se identificou como integrante de uma organização criminosa.
No mesmo dia, Wolnei Wolff, secretário Nacional de Proteção e da Defesa Civil, afirmou que 99,9% dos focos de incêndio no interior do estado de São Paulo em 2024 foram causados por ação humana.
Fonte: g1
Homem mata mulher na frente da filha de 4 anos e publica foto do corpo nas redes sociais
Um homem matou a companheira na frente da filha de 4 anos em Patos de Minas, Minas Gerais, e postou fotos do corpo da vítima nas redes sociais. O crime aconteceu no domingo (25/08) após Vinícius Expedito da Silva, de 25 anos, desconfiar de uma suposta traição da companheira, Yasmin Araújo Castro e Silva, de 23 anos. Após o crime, Vinícius tentou tirar a própria vida com um tiro, mas sobreviveu e foi internado.
A Polícia Militar foi acionada por vizinhos que ouviram tiros e ao chegar ao local, encontraram a casa trancada e ouviram a filha do casal chorando. Ao entrar no quintal, os militares avistaram o corpo de Yasmin na cozinha e Vinícius sentado no chão com uma arma de fogo. Mesmo diante das ordens para soltar a arma e abrir a porta, o homem não colaborou, segundo os agentes.
Os policiais foram obrigados a disparar nos vidros da porta e da janela para entrar na casa e resgatar a criança. Após imobilizar Vinícius, ele confessou que atirou na companheira por ciúmes. Com ferimentos no rosto e no abdômen, resultado da tentativa de suicídio, ele foi levado ao hospital Regional Antônio Dias, onde passou por cirurgia e permanece internado.
O corpo de Yasmin foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) após perícia. A Polícia Militar não divulgou informações sobre o paradeiro da filha do casal, para preservar a identidade da criança.
Fonte: DCM
Desmatamento e abusos: tudo o que se sabe sobre os menonistas, religiosos que vivem isolados na Amazônia
A crescente presença de imigrantes menonitas na floresta amazônica do Peru tem gerado preocupações ambientais significativas. Menonita é o termo utilizado para um grupo religioso que baseia seus costumes no Século XVI, durante a Reforma Protestante, e que também fundamenta sua fé.
Desde a chegada dos primeiros grupos em 2017, estima-se que esses assentamentos tenham desmatado cerca de sete mil hectares de floresta. As colônias menonitas, inicialmente formadas por barracas improvisadas, hoje contam com aproximadamente 150 famílias, uma igreja que também funciona como escola e uma fábrica de queijo.
Essas colônias fundamentalistas, que se espalharam por diversos países da América Latina desde que migraram do Canadá há cerca de um século, buscam manter um estilo de vida agrícola austero e afastado das influências modernas.
No entanto, os menonitas afirmam que o desmatamento realizado por eles é mínimo em comparação com a vasta extensão da floresta. “Cada colônia desmata um pouco da floresta, mas é muito pouco”, declarou Peter Dyck, líder da colônia de Providencia.
As investigações conduzidas pelas autoridades peruanas, lideradas pelo Ministério do Meio Ambiente, buscam entender a magnitude das operações.
Jorge Guzmán, representante do ministério, destaca que o desmatamento realizado pelos menonitas ocorreu em áreas de floresta virgem, sem as devidas licenças, o que exige regulamentação que esses novos moradores ainda não possuem.
Vale destacar que, além das graves acusações de desmatamento, os menonitas também enfrentam acusações de abusos sexuais sistemáticos.
Em Manitoba, uma colônia menonita na Bolívia, onde os moradores rejeitam a modernidade, um grupo de homens foi preso em 2009 e posteriormente condenado, em 2019, por estupro e abuso sexual de 151 mulheres e meninas, incluindo crianças pequenas.
Esse caso inspirou o livro “Entre Mulheres”, de Miriam Toews, que foi adaptado para o cinema em 2022, com o mesmo título, e venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 2023. O filme denuncia os abusos ocorridos nessas pequenas comunidades cristãs.
Mas como eles chegaram ao Brasil?
Os menonitas iniciaram suas comunidades no Brasil há quase 100 anos. Fundamentalistas, alegam ter fugido da União Soviética, que chamam até hoje de “regime comunista russo”, e criaram os primeiros vilarejos entre 1928 e 1934.
Inicialmente, instalaram-se no Vale do Rio Krauel, em Ibirama, Santa Catarina, região caracterizada por sua geografia montanhosa. Embora tenham conseguido progredir, a adaptação ao ambiente foi difícil, o que levou alguns a buscarem novas oportunidades. Assim, parte da comunidade migrou para Bagé, no Rio Grande do Sul, e Curitiba, no Paraná.
Ainda na década de 1930, os menonitas compraram a Fazenda Cancela, próxima a Curitiba, onde fundaram comunidades em bairros como Vila Guaíra, Boqueirão e na Colônia Witmarsum, em Palmeira, Paraná. Nessas localidades, construíram igrejas, escolas e fundaram cooperativas, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região.
Em 1936, foi fundada uma escola que mais tarde se tornaria o Colégio Erasto Gaertner, e em 1946, com grande esforço, a comunidade ergueu a Capela, o primeiro templo religioso menonita.
Devido às constantes perseguições, os menonitas buscaram refúgio em diferentes partes do mundo. No século XVIII, muitos migraram da Holanda e do norte da Alemanha para a Prússia e, a partir de 1790, para a Ucrânia, incentivados pela Czarina Catarina, a Grande da Rússia, que os convidou a colonizar a região.
No início do século XX, a comunidade menonita na Ucrânia já contava com mais de 100 mil pessoas, mas a Revolução Socialista de 1917 os motivou a sair de lá.
Em 1929, o governo confiscou grandes propriedades privadas, igrejas e escolas, forçando-os a buscar refúgio em outros países. Apenas 5 mil menonitas conseguiram vistos para emigrar, e em fevereiro de 1930, 1.250 deles chegaram ao Brasil.
Fonte: DCM
Enquanto o planeta arde em fogo, com incêndios florestais na Europa, Estados Unidos, Canadá, nas regiões mais inóspitas da Rússia e até na então úmida floresta Amazônica, os políticos discutem a ideologia do fogaréu, se é causado pela incompetência das esquerdas ou pelo negacionismo das direitas.
Os ambientalistas, que há muito alertam para a degradação ambiental, continuam considerados como exagerados ou apenas chatos, enquanto os cientistas que provam a aceleração das mudanças climáticas simplesmente perdem recursos para suas pesquisas.
Basta o noticiário citar que as enchentes no Sul do país foram as maiores desde 100 anos atrás para os entendidos utilizarem a retórica malandra de que, então, as mesmas cheias acontecem há mais de século, para provar a si mesmos que está tudo certo com o clima e que o progresso destruidor deve ser mantido.
O conservadorismo do interesse próprio, historicamente cultivado pelas direitas, também está presente nas esquerdas que, depois de experimentar o poder, passaram a defender a locupletação à custa dos ideais históricos esquecidos pelos novas lideranças encantadas com as benesses dos cargos.
“…cientistas que provam a aceleração das mudanças climáticas simplesmente perdem recursos…”
Quando as queimadas comprometem o meio ambiente em governos de direita, a culpa não é da poluição das águas e do ar, do assoreamento de nascentes e rios e da criminosa exploração da madeira e dos minérios, mas sim dos governantes que só desejam incentivar as atividades econômicas de forma indiscriminada.
Quando a degradação do fogo, espontâneo ou criminoso, acontece em governos de esquerda, a culpa é dos movimentos sociais que se aproveitam da impunidade para causar prejuízos ao sistema capitalista.
Diante da terceirização das responsabilidades, exclusivas aos governos de plantão, sejam de direita, esquerda ou centro, todos utilizam a desculpa ideológica para se eximir de seus deveres de atuar pelo desenvolvimento econômico e social e zelar pela preservação e recuperação ambiental, pois o progresso deve sempre ser sustentável.
Por sua vez, o povo deve entender que o enriquecimento pessoal não tem valor quando grande parte das pessoas estão na miséria, que a fartura à mesa pode ser constrangedora quando muitos passam fome e que viver em mansões atrás de grades e sob segurança são provas da incompetências das políticas públicas dos governos de direta, de esquerda e do centro, pois o crime, assim como o fogo, não tem ideologia.
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‘Queimar cana é queimar dinheiro’: Incêndio agrava perdas na cana, que sofre com seca desde abril
A onda de incêndios no interior do estado São Paulo piorou a situação das lavouras de cana-de-açúcar, que já vinham registrando perdas desde abril por causa da seca que atinge a região. O fogo não só queimou a cana que estava de pé – e que, portanto, seria colhida nesta safra – como também destruiu rebrotas que dariam origem à próxima colheita.
As perdas vão aumentar o custo do produtor para renovar as plantações, reduzir a produtividade (menos quantidade colhida por área) e podem impactar os preços do açúcar e do etanol. É o que afirmam o CEO da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), José Guilherme Nogueira, e o analista de cana-de-açúcar da Safras e Mercados Maurício Muruci.
Como a seca deve se prolongar até setembro, a previsão é de que haja mais queda de produção em SP, principal estado produtor de cana no país.
“Queimar cana é queimar dinheiro”, diz o CEO da Orplana.
➡️Entenda o caso: uma onda de incêndios atingiu o interior de São Paulo no final de semana, deixando 48 municípios da região em alerta máximo para queimadas. Duas pessoas morreram e mais de 800 tiveram que deixar as suas casas. Cinco suspeitos foram presos.
Estima-se que 3.837 propriedades rurais foram atingidas em 144 municípios paulistas, causando perdas de R$ 1 bilhão para a agricultura e pecuária. O fogo não só queimou a cana, como plantações de frutas e seringueiras e carbonizou animais de criação, como bois e vacas.
Cana-de-açúcar já sofria com a seca
Quando a safra de cana-de-açúcar começou, lá em abril, o setor estimava que o estado de SP colheria 420 milhões de toneladas, projeção que foi sendo frustrada pouco a pouco por causa da seca.
Hoje, a Orplana estima uma colheita de 370 milhões de toneladas, uma queda de 12% em relação à previsão inicial.
“Desde abril, praticamente não choveu nos canaviais”, pontua o analista de cana-de-açúcar da Safras e Mercados Maurício Muruci.
Nogueira, da Orplana, explica que a seca deixa a planta de cana mais fina, rachada e a “isoporiza”, reduzindo a sua quantidade de açúcar. “A cana acaba não ficando boa para a extração e, portanto, para a produção de açúcar e etanol”, diz Nogueira.
- Impacto do fogo
Os incêndios do último final de semana só pioraram a situação. Os mais de 2 mil focos de fogo entre sexta-feira (23) e sábado (24) queimaram cerca de 5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar em 59 mil hectares, o que corresponde a cerca de 1,5% da produção total de SP.
É um percentual pequeno, mas o problema é que o fogo também queimou rebrotas, o que vai reduzir a produtividade da próxima safra.
Cada planta de cana consegue rebrotar de cinco a seis vezes, o que significa que, com uma mesma planta, o produtor consegue ter de cinco a seis safras. Com as perdas provocadas pelo incêndio, portanto, alguns agricultores terão que replantar ou terão menos safras com o mesmo plantio, o que tende a aumentar os custos de produção.
Além disso, quando uma planta de cana é queimada, ela precisa ser colhida logo, pois depois de seis a sete dias, começa a haver risco de aparecimento de fungos e bactérias que inviabilizam o uso da planta para a produção de açúcar e etanol, diz Nogueira.
“Imagina colher os 59 mil hectares que foram atingidos. Não tem máquina o suficiente para colher isso tudo”, pontua.
- Perdas devem ser maiores
A Orplana deve divulgar nesta quarta-feira (28) novos números sobre os impactos dos incêndios, incluindo as perdas de domingo (25) e segunda (26). Além disso, como a seca deve se prolongar em setembro, há possibilidade de redução nas estimativas de colheita.
“Devemos revisar as projeções de produção para baixo”, diz Nogueira.
Muruci, do Safras, ressalta que a primeira metade safra de cana já teve uma redução de 30% na produtividade (na quantidade de cana colhida por hectare). Mas, com incêndios, espera-se uma queda de mais 30%.
“Portanto, vamos ter uma queda de 60% na produtividade da cana a ser colhida nesse segundo semestre”.
Impactos no preço do açúcar e etanol
Para Muruci e Nogueira, a seca e os incêndios podem elevar os preços do etanol e do açúcar ao consumidor. “Quando você tem essa redução de produtividade, você tem menos oferta de matéria-prima para a indústria. E isso vai impactar preços”, diz o CEO da Orplana.
Na segunda-feira (26/08), os contratos futuros do açúcar bruto na bolsa de Nova York subiram 3,5%, puxados pelos incêndios no Brasil, o maior produtor de cana do mundo.
“O incêndio foi o gatilho para alta de preços na bolsa de Nova York. Mas o mercado também está precificando a seca e a quebra que já estavam acontecendo. Não dá para colocar tudo na conta do incêndio. A questão é que o mercado ainda não estava precificando a seca”, diz Nogueira.
Na terça-feira (27/08), o açúcar continuava em alta na bolsa de NY. Pela manhã, a cotação subiu cerca de 1,67%, um aumento menos intenso do que na véspera. “Desde quinta-feira passada, a cotação já subiu 8%”, destaca Muruci.
Em relação ao etanol, o analista do Safras avalia que o impacto ao consumidor deve chegar daqui a 15 ou 20 dias. “É o tempo desta cana que foi prejudicada ser colhida, processada, ir para distribuidora e chegar nos postos”.
‘Queimar dinheiro’
Plantação de cana foi atingida por incêndios em Dumont (SP) — Foto: Reuters
Por todos os prejuízos que os incêndios trouxeram às lavouras, Nogueira ressalta que “queimar cana, é queimar dinheiro”.
Ele lembra que, no passado, era muito comum que a palha fosse queimada para facilitar o trabalho de colheita.
Mas isso começou a mudar a partir de 2007, quando produtores e usinas paulistas assinaram, junto ao governo de SP, um acordo que proibiu a prática. Esse documento é conhecido por Protocolo Agroambiental – Etanol Mais Verde.
Além disso, Nogueira destaca que a mecanização da colheita acaba com a necessidade de uso do fogo. “Hoje, 98,7% da colheita é mecanizada. E o que não é [mecanizado], é colhido sem queimar”, afirma.
O CEO da Orplana lembra que, hoje, o setor utiliza todos os subprodutos da plantação de cana: não somente a planta para produzir o açúcar e o etanol, como também o bagaço e a palha para a geração de bioeletricidade, por exemplo.
Apesar disso, Nogueira explica que é comum ocorrerem incêndios em plantações de cana, mas não por motivos ligados à produção.
“Infelizmente, isso acontece todos os anos. A Orplana tem um dado de que 70% dos incêndios [nas plantações de cana] são causados por pessoas: bitucas de cigarro na beira de rodovia ou pessoas ateando fogo para limpeza de terreno ou limpeza de lixo”.
“Aquela fuligem do fogo é levada pelo vento e cai em cima dos canaviais, de floresta seca”, diz Nogueira. Por causa disso, ele explica que os produtores de cana, as usinas e o corpo de bombeiros do estado de SP têm planos de auxílios mútuos, conhecidos como PAMs.
“Como funciona os PAMs? São redes de apoio em casos de incêndios que já existem em todo o estado. Quando uma usina, um produtor ou um bombeiro verifica a incidência de fogo pelo satélite, um alerta é emitido dentro desse grupo para movimentar os caminhões-pipas das usinas e dos produtores para o foco”, diz Nogueira.
Presos pelos incêndios
Até o momento, cinco pessoas foram presas no interior do estado de São Paulo por suspeita de participarem dos incêndios.
“São pessoas que portavam gasolina e estavam realmente ateando fogo de forma criminosa”, disse o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na segunda-feira. O governo acredita, por ora, que não há uma ação orquestrada. A Polícia Civil e a Polícia Federal investigam.
No domingo (25/08), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que os incêndios registrados no interior de São Paulo são atípicos e precisam ser investigados. Segundo Marina, a PF abriu dois inquéritos para apurar as causas das queimadas em São Paulo.
Fonte: G1
Esta quarta-feira é uma data muito importante para o meio ambiente dos Estados de São Paulo e Paraná, pois o dia 27 de agosto marca o Dia do Rio Paranapanema. Afinal, ele é mais do que um rio – é um dos cursos de água mais importantes do Brasil, além de ser um patrimônio brasileiro e uma verdadeira geradora de oportunidades para milhares de pessoas.
Instituída em 1999 pelo governador Mario Covas, a Lei Estadual nº. 10.488 designa o dia 27 de agosto como o Dia do Rio Paranapanema, o divisor natural dos estados de São Paulo e Paraná e tido como um dos rios mais importantes do interior paulista. Sua extensão é de 929 km.
Em Palmital, o Paranapanema é usado para a geração de energia e para lazer em algumas localidades. Suas margens servem como local de lazer e diversão para a população, bem como para a subsistência de pescadores e para o desenvolvimento de atividades de piscicultura.
E para celebrar a data, confira algumas informações importantes:
* O rio Paranapanema é um divisor natural dos estados de São Paulo e Paraná;
* Sua extensão total é de 929 km em um desnível de 570 m, desenvolvendo-se no sentido geral leste-oeste e desaguando no rio Paraná, numa altitude de aproximadamente 239 m;
* Suas nascentes estão localizadas na serra Agudos Grandes, em Capão Bonito, no Sudoeste do estado de São Paulo, a aproximadamente 100 km da costa Atlântica, a cerca de 900 m acima do nível do mar;
* Das nascentes até a foz do rio Itararé, ele corre em território paulista; a jusante deste ponto faz divisa entre os estados do Paraná e de São Paulo até sua foz no rio Paraná, no ponto tríplice entre os estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul;
* Suas águas são responsáveis pela produção de energia em 8 hidrelétricas da CTG Brasil: Jurumirim, Chavantes, Salto Grande, Canoas II, Canoas I, Capivara, Taquaruçu e Rosana;
* Ele é tão importante que tem o seu próprio dia, criado pela Lei Estadual 10.488/99, sancionada pelo Governador Mário Covas e designado em 27 de agosto de 1999.
Polícia apreende uma tonelada de maconha em ônibus de trabalhadores rurais em Palmital
A Polícia Rodoviária realizou na manhã desta terça-feira (27/08) uma grande apreensão de droga em Palmital. Cerca de uma tonelada de maconha foi encontrada por equipe do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) em um ônibus de trabalhadores rurais abordado no pedágio da rodovia Raposo Tavares.
De acordo com informações iniciais, o flagrante ocorreu por volta das 9h40 durante a Operação Impacto em que a equipe do TOR abordou um ônibus rural que passava pelo pedágio com o motorista e um acompanhante. Durante vistoria no veículo, houve a localização dos tabletes de maconha escondido em falso no compartimento de passageiros. A ação ocorreu com a parceria da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que tem a participação da Polícia Federal.
Os dois ocupantes do veículo foram presos e apresentados na Delegacia da Polícia Civil de Palmital, onde ocorre a lavratura do flagrante de tráfico de drogas. Até a conclusão desta matéria, às 13 horas, não havia informações sobre as idades e locais de residência dos acusados, bem como do itinerário do ônibus. A droga também seria pesada e submetida a constatação da Polícia Científica.
VÍDEO: Palmital volta a ter geada fraca na zona rural e registra mínima de 4,9°C
Após dias de intenso calor e baixos níveis de umidade relativa do ar durante a semana passada, Palmital teve uma considerável mudança climática no início desta semana devido ao avanço de uma frente fria pelo Estado de São Paulo. O fenômeno fez com que os termômetros despencassem e houvesse a madrugada mais fria do ano na segunda-feira (26/08), com mínima de 4,5°C, a menor marca do ano, e a formação de pontos de geada em algumas localidades da zona rural.
A madrugada desta terça-feira (27/08) também foi muito fria, com mínima de 4,9°C, segundo registros do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), que mantém uma estação automática em Sussuí. Conforme registros de produtores rurais, houve a formação de geada fraca em áreas rurais de topografia mais baixa, com formação de gelo sobre palhada no solo.
A máxima da segunda-feira (26/08) foi de 19,9°C. De acordo com o Climatempo, haverá terá sol e temperaturas em elevação nos próximos dias. Nesta terça-feira (27/08), a máxima deve atingir 25°C. Para quarta-feira (28/08), a previsão é de marcas entre 11°C e 28°C. A partir de quinta-feira (29/08) o calor deve voltar com termômetros entre 14°C a 30°C, com estimativa de 15°C a 31°C na sexta-feira (30/08). O próximo final de semana será de tempo quente, com temperaturas de 17°C e 33°C.