Tragédias, opiniões e oportunismo

“…Jair Bolsonaro e seus filhos numerados, especialistas em verbalizar bobagens…”

 

Políticos e jornalistas, com exceções, e agora também os frequentadores das redes sociais, têm o péssimo hábito de sentir-se obrigados a manifestar opinião imediata sobre qualquer tragédia ou assunto polêmico ainda no calor dos acontecimentos, desafiando o risco de se cometer equívocos, proferir impropérios e perpetrar injustiças. Políticos e politiqueiros são especialistas em agravar esse comportamento pela ânsia de auferir proveito dos fatos, quase sempre debitando a adversários ou a projetos diferentes dos seus as mazelas das piores ocorrências.

A prisão dos prováveis assassinos da vereadora carioca Marielle Franco e a tragédia dos assassinos da escola de Suzano foram causas dos mais esdrúxulos pronunciamentos, das mais ignóbeis opiniões e de muitas manifestações maledicentes de exploração política dos fatos. A começar pelo presidente Jair Bolsonaro e seus filhos numerados, especialistas em verbalizar bobagens, passando pela inconsequente presidenta do PT, Gleisi Hoffman, e chegando ao ex-presidente Lula, que de dentro da cadeia se dá o direito de emitir notas, possivelmente rabiscadas nas paredes, são exemplos emblemáticos da irresponsabilidade dos nossos líderes.

Entre os jornalistas, um dos que se superou foi o sempre polêmico e indecifrável Reinaldo Azevedo, que durante a contagem dos mortos e atendimento a feridos conseguiu produzir um texto, publicado no site UOL, atribuindo a responsabilidade política da tragédia ao presidente Bolsonaro. Este, por sua vez, aproveitou o sangue quente das vítimas como argumento em defesa da idéia de liberação das armas, enquanto o filho primogênito, agora senador enrolado como a maioria deles, afirmou que professores ou funcionários armados evitariam o morticínio. Sem qualquer surpresa, minutos após as mortes a Gleisi publicou aleivosias na internet.

A caudalosa enxurrada de pronunciamentos impróprios, de opiniões desconexas e afirmações maldosas servem apenas de motivação para o acirramento de posições e como meio de desinformação das pessoas que tem como referência aqueles em quem se depositam votos ou confiança. A análise sensata, livre de interesses ou ideologias, cuja manifestação pública pode servir de parâmetro para a sociedade tentar se precaver do imponderável, como foi a barbárie contra os indefesos estudantes, assim como as conclusões mais cuidadosas sobre o caso Marielle, são os únicos meios de aprendizado diante de episódios graves.

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