Presidente da CMB elogiou a escolha do deputado federal Luiz Henrique Mandetta e apresentou carta com reivindicações do setor ao presidente eleito
O palmitalense Edson Rogatti, presidente da Confederação das Misericórdias do Brasil (CMB), entidade que congrega as Santas Casas e hospitais filantrópicos do país, esteve na terça-feira da semana passada no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília (DF), em reunião com Jair Bolsonaro. Ele estava acompanhado de representantes de federações estaduais e dirigentes de entidades e solicitou um “olhar diferente” do presidente com relação às santas casas, para que elas continuem a realizar o trabalho em prol da população brasileira.
Durante o encontro, os representantes da CMB entregaram uma “Carta Aberta” a Bolsonaro, na qual manifestam confiança no próximo governo e esperam que as ações melhorem a qualidade da saúde pública no Brasil. Entre os pontos importantes citados no documento estão a revisão do modelo de custeio, remuneração e financiamento das entidades, o fim do subfinanciamento para acabar com o endividamento dos hospitais que atendem ao SUS, revisão das parceiras para gestão das unidades e fomento às instituições hospitalares de média e alta complexidade. “Vamos nos empenhar para buscar uma solução, não só para as dívidas existentes, mas para uma melhor economia”, disse o presidente após receber o documento.
Durante a reunião, Rogatti destacou a importância da atuação das santas casas e hospitais filantrópicos, responsáveis por mais de 50% dos atendimentos no SUS e quase 70% dos atendimentos de alta complexidade, além de ressaltar total apoio ao nome do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), indicado para comandar o Ministério da Saúde. “Vamos continuar lutando e com a certeza de que todos aqui presentes vamos apoiar o deputado Mandetta para que ele faça uma gestão profícua no Ministério da Saúde”, enfatizou o presidente da CMB, em vídeo que teve milhares de visualizações em redes sociais.
MINISTRO – A nomeação de Mandetta para o Ministério da Saúde foi confirmada após a indicação de grupos ligados à saúde, incluindo integrantes da CMB, parlamentares e entidades que atuam em defesa do setor em Brasília. “A escolha foi da bancada da saúde da Câmara, das santas casas e das mais variadas entidades médicas de todo o país”, disse Bolsonaro. “Eu acolhi a indicação dessas entidades, em nome de uma saúde realmente diferente”, completou. O futuro ministro é natural de Campo Grande e médico ortopedista que atuou no Exército como tenente do 20° Regimento de Cavalaria Mecanizada e em hospitais da capital sul-mato-grossense.